O semiárido configura-se como uma região com grande diversidade de ambientes, em que é possível observar heterogeneidade de vegetações, clima quente e seco, plantas que se adaptam bem a diversas condições ambientais, além de amplitudes térmicas elevadas e solos pouco úmidos (KAVAMURA et al., 2013). Gorlach-Lira e Coutinho (2007) descreveram que os microrganismos no solo são influenciados por diversos fatores químicos e físicos. Porém, as actinobactérias destacam-se por possuírem ampla capacidade adaptativa a condições ambientais hostis (BERNARDES; SANTOS, 2006) e representam um dos maiores grupos bacterianos, especialmente em solos alcalinos e ricos em matéria orgânica (MARTINS et al., 2014). Assim, sabendo-se que a atividade da amilase pode ser afetada por fatores abióticos, como o pH, é importante determinar em que valores essa atividade ainda é detectada. Dessa forma, avaliou-se o efeito de diferentes faixas de pH na atividade amilolítica de 18 cepas de actinobactérias reconhecidamente facilitadoras de rizóbios isoladas de solo de região do semiárido do Nordestino Brasileiro. As cepas foram analisadas em relação às suas atividades amilolíticas nas concentrações de pH 4, 5, 7 e 9, que foram registradas quanto ao Índice Enzimático. Em todos os testes as cepas apresentaram evidente atividade enzimática, exceto no pH 4; e a análise de regressão linear forneceu um gráfico que demonstrou os maiores índices enzimáticos no pH 7, faixa de crescimento ótimo das actinobactérias. Portanto, a atividade enzimática dessas cepas demonstrou o potencial dessas actinobactérias em manter os processos biológicos em que estão envolvidas mesmo em condições de estresse fisiológico, características dos solos de regiões semiáridas.