O setor florestal brasileiro vem apresentando crescimento nos últimos anos provavelmente pelo incentivo que se dá às produções florestais, ainda que outros setores econômicos tenham sofrido os efeitos da crise reduzindo sua contribuição na economia do país.A região Nordeste é muito dependente de essências florestais para compor a sua matriz energética, na forma de carvão vegetal e lenha, para os setores industrial e residencial. Diante disso, objetivou-se com este trabalho realizar a análise temporal da dinâmica da produção de madeira no Brasil a partir de dados do Instituto Brasileiro de de Geografia e Estatística (IBGE), relacionando-a com o consumo para fins energéticos no semiárido brasileiro. Os dados utilizados foram provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponíveis para consulta pública no website da instituição. Foram consideradas as informações do banco de dados referentes ao período de 2006 a 2015 sobre produtos madeireiros oriundos da produção da extração vegetal e silvicultura no Brasil. Posteriormente, foram elaborados gráficos para interpretar a dinâmica deste setor em escala nacional e regional com enfoque no nordeste do país. Mesmo com a ocorrência de crises no país, a produção florestal se manteve firme no decorrer dos dez anos analisados. Grande parte disso se deu devido a utilização de produtos madeireiros, principalmente para a produção de energia na forma de carvão e lenha. Existe uma grande demanda no país, com destaque para a região nordeste, para a utilização desses recursos por causa dos setores industriais de produção de gesso, ferro-gusa e cerâmica, que demandam muita lenha e carvão para serem usados nos seus fornos. Mas além do consumo, a região nordeste também está se inserindo mais no mercado produtivo para complementar suas fontes de lenha e carvão, por meio de planos de manejo sustentável para a utilização da vegetação nativa ou pela implantação de florestas plantadas. Observou-se um crescimento no quantitativo de produção oriunda de florestas plantadas no Nordeste, o que pode indicar que as empresas florestais têm investido mais nesta região. Isso é um aspecto positivo, visto que com a implantação de mais florestas plantadas, reduz-se a exploração excessiva das florestas nativas, permitindo a sua conservação.