O presente artigo é fruto das nossas inquietações em face das evidentes transformações observadas na paisagem do município de Areia, apontado no Atlas dos Municípios da Mata Atlântica divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, como o município paraibano com a mais extensa área de vegetação natural desmatada entre os anos de 2000 e 2014. Analisa a gravidade desta devastação face às características geomorfológicas do território, à luz do Código Florestal Brasileiro. Perquire também sobre a atual sangria efetuada em seus mananciais e sobre o assoreamento da malha hídrica, desnudada da sua vegetação ciliar. Constitui um chamamento ao debate, uma convocação às instituições competentes e à sociedade civil para o enfrentamento da urgente questão ambiental instalada naquele reduto paraibano que outrora foi apontado como a Suíça brasileira e a Petrópolis nordestina.