A pitangueira (Eugenia uniflora L.) é muito cultivada em pomares domésticos de todo o país e
frequentemente em seu habitat natural nas matas semidecíduas do Planalto e da Bacia do Paraná
desde a Bahia até o Rio Grande do Sul, bem como, nas Restingas de toda a costa brasileira.
Portanto, o objetivo deste trabalho foi de realizar uma revisão bibliográfica para distinguir os
compostos fitoquímicos presentes na E. uniflora L., bem como, as suas finalidades medicinais,
visando a troca de fármacos por fitoterápicos. A revisão bibliografica foi feita a partir do
levantamento de dados encontrados em pesquisa utilizando as ferramentas do “Google
acadêmico” e Periódicos da CAPES. Para tal foi utilizado somente artigos cientificos publicados
em revistas, nos quais foram encontrados utilizando a combinação de algumas palavras chaves,
tais como: pitanga + levantamento no Nordeste, Eugenia uniflora + compostos medicinais,
pitanga no semiárido e extratos das folhas de Eugenia uniflora. Com isso, foi feita uma
compilação desses dados encontrados para a escrita dessa revisão. Como resultados,
constatamos: presença de flavonoides, taninos, taninos, esteroides, triterpenos, heterosídeos,
antraquinônicos e saponínicos; ação biológica em atividade antimicrobiana contra cepas de
Staphylococcus aureus, Salmonella choleraesuis, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans,
Candida krusei, C. lipolytica, C. guilliermondii, Escherichia coli, Aspergillus niger,
Lactobacillus casei, Micrococcus roseus, Micrococcus luteus, Bacillus cereus, Bacillus
stearothermophylus, Bacillus subtilis, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Serratia
marcescens, Paracoccidioides brasiliensis, Listeria monocytogenes e contra Leishmania
braziliensis; possui baixa toxicidade. Conclui-se que: a partir das folhas de E. uniflora podem
ser realizados diferentes tipos de extratos para realização de testes fitoquímicos; os extratos
mais utilizados são os hidroalcoolicos, etanólicos e de óleos essenciais; todos os extratos
pesquisados apresentam grande potencial antimicrobiano, incluindo ação contra bactérias,
fungos e protozoários, além de ter potencial antioxidante e possuir baixa ou nenhuma
toxicidade, por isso, os autores nos diversos artigos estudados, afirmaram que esses extratos
podem ser utilizados na produção de fitoterápicos em substituição aos medicamentos sintéticos.