No estuário do Rio Potengi existem relevantes operações comerciais, alto tráfego diário de embarcações de médio e grande porte assim como também já sofreu com vazamento de óleo. Uma vez o óleo e graxa presentes na natureza, a sua toxicidade afeta a vida marinha, podendo o óleo ser incorporado à carne dos animais, tornando-a inadequada ao consumo humano. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar os teores de óleo e graxa de amostras d’água retiradas no estuário do Rio Potengi, mais precisamente nas adjacências do Porto de Natal, entre os meses de outubro a dezembro do ano de 2016. As etapas metodológicas deste trabalho foram divididas em três fases: pré-campo, campo e pós-campo. Na etapa de pré-campo, fez-se a pesquisa de publicações relacionadas com os conceitos que embasaram o referencial teórico deste trabalho e os métodos empregados nas diferentes etapas desta pesquisa. Na fase de campo, procedeu o recolhimento de amostras d’água no estuário do Rio Potengi em recipientes de vidro de 1 L durante três fases de campanhas de amostragem. Na etapa de pós-campo, as amostras foram enviadas para o Núcleo de Análises de Água, Alimentos e Efluentes do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (NAAE/IFRN) e para o Núcleo de Processamento Primário e Reuso de Água Produzida e Resíduo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (NUPPRAR/UFRN) a fim de determinar os teores de óleo e graxa. De acordo com as análises químicas, houve, qualitativamente, presença de óleos e graxas em, praticamente, todas as amostras. A média desses poluentes nas campanhas 01, 02 e 03 foram: 1,812; 1,01 e 2,06 mg/L. Essas informações são relevantes, já que a Resolução Conama 357 requer a ausência desses teores para essa classificação de águas doces ou salobras. Assim, é necessário existir fiscalização ou políticas públicas de contenção de lançamento de poluentes nessa área, visto que a origem da contaminação é ocasionada por embarcações ou esgotos.