ATIVIDADE DE DESOVA DE PUGILINA TUPINIQUIM (GASTROPODA: MELONGENIDAE) E CARACTERIZAÇÃO DOS SUBSTRATOS EM UM ESTUÁRIO HIPERSALINO NO LITORAL SEMIÁRIDO (RN- BRASIL)
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Apesar de habitar regiões lamacentas, a realização da\r\n desova é observada em substratos consolidados. O objetivo desse estudo foi registar as\r\n atividades de desova de P. tupiniquim e caracterizar os tipos de substratos utilizados, em\r\n uma área estuarina hipersalina, no litoral semiárido do Nordeste brasileiro. O estudo foi\r\n conduzido no estuário Rio Tubarão, situado no município de Macau (RN), nos meses de\r\n novembro e dezembro/2016. Foram realizados transectos de 20 x 4 m, de dia e a noite,\r\n paralelos à linha de costa de forma aleatória. Ao longo dos transectos a presença de\r\n desovas foi procurada cuidadosamente, e quando avistadas, as desovas foram medidas e\r\n observados o substrato de apoio e o micro-habitat ao seu redor. Foram obtidos 47\r\n transectos realizados nos períodos diurno (N=23) e noturno (N=24), sendo constatado a\r\n presença de desovas apenas no período noturno em 4,3% do transectos (N=2),\r\n caracterizando a atividade de desova como noturna. No entanto, o período da pesquisa\r\n não condiz com a época de pico reprodutivo. Os tamanhos das desovas foram medidos\r\n como área 2 da massa de ovos, tendo uma média 51cm 2 de tamanho, sendo a menor\r\n massa de 15cm 2 e maior massa 82cm 2. As desovas encontradas foram vistas em dois\r\n substratos consolidados, 50% observadas em tijolos e os outros 50% em madeira,\r\n substratos que diferem do hábito da espécie para outras atividades. Com relação ao\r\n micro-habitat, observou-se a presença de substratos lamacentos, conchas e os substratos\r\n que foram usados para desova, tijolos e madeira. Conclui-se que o baixo percentual de\r\n desovas encontrado é por devido ao período amostral, que não corresponde ao pico\r\n reprodutivo, apesar da espécie se reproduzir durante todo o ano. 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