A comunidade meiofaunística foi definida em função do seu hábitat e da sua dimensão. É um conjunto de metazoários que ocupam os interstícios dos sedimentos no meio aquático. A meiofauna desempenha um papel importante no fluxo de energia dos sistemas bentônicos, servindo de alimento para a própria meiofauna, para a macrobentos e peixes. A meiofauna pode colonizar vários sedimentos, desta forma tem sido utilizada para fins de monitoramento ambiental em diversos hábitats, incluindo ambientes de água doce. As coletas ocorreram em janeiro de 2015, considerado um mês seco. Foi coletado um total de 9 amostras, com 3 réplicas em 3 pontos que foram acondicionadas em potes plásticos contendo formol. Foi utilizado um corer de 9,42 cm2 de área interna. Foram analisadas a matéria orgânica, a granulometria, a temperatura da água, salinidade, oxigênio e pH. As amostras biológicas foram separadas por meio de elutriação manual. O material sobrenadante foi vertido em um conjunto de peneiras geológicas de abertura de malhas de 0,5 a 0,045mm para retenção da meiofauna. O material retido nas peneiras foi vertido em uma placa de Dolffus, composta de 200 quadrados de 0,25m2 cada um, e levada a um microscópio estereomicroscópio para contagem e identificação dos organismos. Os fatores abióticos não variaram muito e puderam ser comparados com outros estudos. Foram identificados somente 3 táxons da comunidade meiofanística nos pontos prospectados: Nematoda, Turbellaria e Ostracoda. A Lagoa Jovino Pereira da Costa no município de Cuité, na Paraíba, é dominada meiofaunisticamente por Ostracoda, tanto em abundância relativa quanto em densidade.