RESUMO: A queda é um evento frequente, que produz importante perda na autonomia e na qualidade de vida dos idosos, colaborando para o aumento da morbimortalidade nessa população. O objetivo desse estudo foi traçar o perfil sócio demográfico dos idosos caidores de um plano de saúde do Estado da Paraíba, enfatizando os fatores intrínsecos e extrínsecos como preditores das quedas. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo de corte transversal envolvendo um grupo de 150 idosos de um Plano de Saúde no Estado da Paraíba, com idade de 60 a 85 anos, realizado entre os meses de janeiro e julho de 2012. Os dados foram coletados através de um questionário multidimensional aplicado nas instalações do plano de saúde em João Pessoa, Campina Grande, Patos e Sousa. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva. Resultados: quanto ao perfil sócio demográfico a maioria dos entrevistados foi do sexo feminino (71,3%), com faixa etária mais presente entre os 60 e 70 anos (58%), sendo que a maior parte dos idosos era casada (49,3%), com ensino superior completo (27,3%) e renda mensal mais comum de 3 a 5 salários mínimos (40,7%). As quedas no último ano aconteceram em 44% da população entrevistada, com média do número de quedas de 1,41±0,92. Os fatores extrínsecos (69,33%) foram os mais frequentes causadores de quedas, destacando-se o piso escorregadio (27,3%), calçado inadequado (22,7%) e piso irregular (21,2%). Já nos fatores intrínsecos (30,66%), a falta de equilíbrio (36,4%), seguida pela fraqueza muscular (12,1%) foram as causas mais importantes para as quedas dos idosos. Conclusão: apesar da maior parte da população entrevistada não ter caído no último ano, percebe-se que a frequência desse evento é bastante significativa e medidas devem ser focalizadas no intuito de se prevenir a ocorrência desse agravo, afim de que os idosos tenham um envelhecimento com mais autonomia e com melhor qualidade de vida.