Este artigo apresenta um estudo sobre o desenvolvimento socioeconômico das 150 cidades que compõem o semiárido cearense no ano de 2016. O objetivo é demonstrar as diferentes condições socioeconômicas mediante um conjunto de indicadores-fatores, assim como classificá-los segundo os aspectos de condições de moradia e renda, industrialização, condições de saúde da população e nível de trabalho agrícola. Utilizou-se os métodos de análise multivariada denominadas análise fatorial e análise de clusters. Os resultados demonstraram que essa região é dotada de baixa renda, padrões precários de moradia, saneamento inadequado e acesso restrito a saúde de qualidade, o que revela a precariedade que essa região oferece na vida da população do semiárido cearense. Nesse sentido, o resultado obtido na análise de clusters evidenciou que, dentre os agrupamentos gerados por esse método foi o grupo 1 que apresentou a pior condição em relação aos indicadores, esse grupo representa cerca de 43% do total de cidades que compõe o semiárido, já os clusters de número 2, 3 e 4 apresentam valores de 13%, 41% e 3% do total das cidades, respectivamente. Outro fator importante encontrado nesse trabalho foi a relação inversa entre os fatores condição de moradia e renda e industrialização, isso evidencia os problemas ocasionados pela falta de preparo que essas cidades têm de receber um nível maior de urbanização, já que a maior parte da renda da maioria das cidades são provenientes do setor público.