O presente artigo tem como objetivo apresentar o resultado da pesquisa desenvolvida no Trabalho de Conclusão de Curso de Serviço Social da Universidade da Amazônia – UNAMA, que buscou analisar a representação social dos adolescentes autores de ato infracional, a respeito da Medida Socioeducativa (MSE) de Liberdade Assistida. Questionou-se se eles compreendem essa medida como responsabilização, punição ou processo educativo, bem como os motivadores para que esses adolescentes adentrem no mundo da criminalidade. Para a realização da pesquisa foram aplicados questionários com 10 adolescentes assistidos pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS do Município de Marituba-PA, de 2015 até junho de 2016 onde traçou-se o perfil desses adolescentes e por meio de suas experiências apontamos a representação social que eles têm em relação ao cumprimento da medida socioeducativa de Liberdade Assistida. A hipótese levantada incialmente é de que a representação social que esses adolescentes possuem sobre a MSE configura-se de forma fragmentada, nesse sentido é inexistente a compreensão do conceito em sua totalidade, fato que se constatou no resultado da pesquisa aqui apresentada, sendo o caráter educativo o entendimento que mais se expressou nos dados coletados entre os entrevistados. Tal fato denotou, também, que a construção dessa representação social em relação ao cumprimento da MSE parte da forma como tem se desenvolvido o trabalho socioeducativo no CREAS.