A sexualidade é fator muito importante na vida do ser humano. Contudo a população idosa ainda é muito cercada de estereótipos. A velhice é frequentemente vista como um período de ausência de desejos, de afeto ligado às práticas sexuais, contribuindo para que os idosos evitem o envolvimento nessas atividades, mesmo, em alguns casos, ainda possuindo interesse de vivenciá-las. As atividades sexuais, independentemente da idade, proporcionam a possibilidade da realização pessoal, refletindo a intimidade e a cumplicidade, enriquecendo as relações humanas. Na velhice, a sexualidade é fisiologicamente possível, emocional e afetivamente enriquecedora, fortalecendo a importância do carinho, do apego, a comunicação, o companheirismo e o cuidado mútuo. Tendo em vista que a falta de informação sobre o processo de envelhecimento, assim como das mudanças na sexualidade, em diferentes faixas etárias e especialmente na velhice, tem auxiliado a manutenção de preconceitos, esta pesquisa objetivou-se investigar os conhecimentos e atitudes dos jovens universitários frente à sexualidade da pessoa idosa. Tratou-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, de cunho quantitativo. Foi realizada em uma Universidade do setor privado, localizada na cidade de João Pessoa-PB. Fizeram parte da amostra 100 estudantes, 50 acadêmicos do curso de Psicologia e 50 do curso de Direito, com idades variando de 18 a 44 anos (m=24,39). Sendo a maioria mulheres (63%); Com predominância dos solteiros (81%); Adeptos da religião católica (67%). Os instrumentos utilizados foram um questionário referente aos dados sócios demográficos e a escala ASKAS, em sua versão brasileira validade por Viana. Os dados foram analisados de forma quantitativa, com o auxílio do programa SPSS (versão 20.0), utilizando-se a estatística descritiva e inferencial. Acerca dos conhecimentos constatou-se a falta dos mesmos no que diz respeito ao desejo sexual em mulheres idosas, a impotência de causa não orgânica em homens idosos e sobre a relação da masturbação excessiva causar confusão mental. Quanto às atitudes verificaram-se, principalmente, atitudes positivas em relação às atividades sexuais vivenciadas pelos idosos, evidenciando que deveria ser uma prática aceita nas casas de repouso com a capacitação dos cuidadores nesse aspecto. Diante do que foi abordado, conclui-se que os jovens tem uma atitude positiva acerca das atividades sexuais das pessoas em idades mais avançadas, no entanto precisam de um esclarecimento maior de como funciona a dinâmica da sexualidade humana. Já que a mesma é uma atividade presente durante todo o desenvolvimento. Daí percebe-se a necessidade e importância do estudo da sexualidade da pessoa idosa, e a propagação desses conhecimentos. Para que os jovens passem a ver as atividades sexuais e vivenciá-las na velhice da melhor forma possível. Quebrando certos tabus construídos historicamente, passados de geração a geração.