De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)1, no Brasil em 2010, 7,4% da população brasileira apresentava idade igual ou superior a 65 anos. Até 2025 o grupo de idosos no Brasil deverá ter aumentado em 15 vezes, enquanto a população total em cinco. Em consequência, surgem novas preocupações em torno do envelhecimento populacional com o aumento das incapacidades, do uso dos serviços de saúde e maior carga de doenças nesta população. Entre as principais doenças crônicas que afetam o idoso estão as doenças mentais, principalmente, a demência e a depressão, sendo esta última reconhecida como um problema de saúde pública na população idosa. Tratou-se de uma pesquisa de campo, descritiva e de natureza quantitativa, realizada em 4 instituições asilares de João Pessoa, nas quais participaram 46 idosos, sendo 29 do sexo feminino com uma média de idade de 73,32 anos (DP=7,74). A coleta dos dados foi realizada por meio de 02 instrumentos: um questionário sócio-demográfico, contendo questões como sexo, idade e instituição, a Escala de Depressão Geriátrica em versão reduzida de Yesavage (GDS-15)8. A Escala de Depressão Geriátrica é amplamente utilizada e validada como instrumento diagnóstico de depressão em pacientes idosos. É um teste para detecção de sintomas depressivos no idoso, com 15 perguntas negativas/afirmativas onde o resultado de 5 ou mais pontos diagnostica depressão. Os dados foram analisados por meio do pacote estatístico SPSS em sua versão 18.0, utilizando-se da estatística descritiva (frequência e percentual). A coleta de dados foi realizada nas instituições asilares, de forma individual, em local reservado. Segundo os resultados encontrados, 25 idosos, representando 54,35% do total estão acometidos por sintomatologia depressiva. Sendo que desses 25 que apresentam sintomas da depressão, 18 são do sexo feminino, ou seja, dos 54,35% dos idosos com depressão, 70% são do sexo feminino. foi alarmante o índice de depressão encontrado, e faz-se importante destacar a ameaça ao bem estar destes idosos, na possibilidade destes estados depressivos serem confundidos com a própria condição da velhice, privando-os de um tratamento adequado, seja a nível psiquiátrico, psicológico e social. É de caráter essencial a construção de políticas públicas de promoção da qualidade de vida e bem estar dos idosos residentes nestas instituições, sendo uma ação de saúde pública e construção e manutenção da cidadania.