Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DO OMBRO DE IDOSOS COM HEMIPLEGIA PÓS-ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO, MEDIANTE QUEIXA DE DOR

Palavra-chaves: AVE, OMBRO, DOR Pôster (PO) Atenção integral à saúde: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do idoso
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

Introdução.O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é definido como um sinal clínico de rápido desenvolvimento de perturbação da função cerebral, de suposta origem vascular e com mais de 24 horas de duração. Várias são as complicações pós-AVE, como a hemiplegia, que pode ocasionar impotência funcional no membro acometido, além de déficit sensitivo, cognitivo e de linguagem. A perda do controle motor do membro superior afetado pode diminuir a coordenação e alterar o tônus muscular, conduzindo a flacidez na fase inicial. Dessa forma, a articulação do ombro torna-se mais susceptível a lesões. Além disso, o surgimento de dor no ombro após um AVE pode originar estresse psicoemocional e limitações na função do membro superior, acometendo de 34% a 84% dos pacientes. Objetivo. O estudo teve como objetivo avaliar a funcionalidade do ombro em idosos com hemiplegia pós-acidente vascular encefálico, mediante queixa de dor.Metodologia.A pesquisa apresenta caráter descritivo e exploratório, foi realizada em três instituições de longa permanência que prestam atendimento fisioterapêutico na área de geriatria na cidade de João Pessoa, cuja amostra foi composta por 15 idosos. Os critérios de inclusão foram: dor no ombro, idade igual ou superior a 60 anos, diagnóstico clínico de AVE, presença de hemiplegia e bom nível de cognição. E os de exclusão: idade inferior a 60 anos e dificuldade na comunicação verbal. Para a realização da coleta de dados foi utilizada uma escala de avaliação funcional do ombro denominada UCLA (Universityof Califórnia at Los Angeles), contendo domínios referentes à dor, função do ombro, força muscular, grau de mobilidade e satisfação do paciente. A escala visual analógica (EVA) foi aplicada para medir a intensidade da dor no ombro. Também foi utilizado um questionário sóciodemográfico para caracterizar a amostra do estudo, com questões relacionadas ao sexo, idade e tipo de AVE. Resultados. Dentre os idosos avaliados, 60% eram do sexo masculino e 40% do sexo feminino com idade média de 72 anos, destes 93% apresentavam AVE do tipo isquêmico, sendo que 73% apresentavam sequela há mais de 2 anos e 13% entre 1 e 2 anos. Na escala visual analógica (EVA) 60% referiram dor moderada e 33% dor intensa. Em relação à escala funcional de UCLA, 67% apresentaram um escore pobre, 20% razoável e 13% bom. Conclusão.A identificação precoce da dor no ombro pós-AVE favorece o planejamento de ações por parte de equipe multidisciplinar, de forma a prevenir e/ou minimizar as alterações osteomusculares que conduzem a déficits funcionais, conduzindo, portanto, à independência nas atividades diárias e funcionais e ao aumento da qualidade de vida dos idosos.

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