Introdução: Um dos principais fatores de risco ligado à Hiperten¬são Arterial Sistêmica e ao Diabetes Mellitus é o excesso de gordura corporal. A obesidade é identificada pelo Índi¬ce de Massa Corporal (IMC) e a gordura visceral, pela obesidade central (OC). Ao longo dos anos o corpo passa por uma série de mudanças como o aumento e redistribuição do tecido adiposo. Há redução desse tecido nos membros inferiores e superiores e um consequente acúmulo na cavidade abdominal. O peso e a estatura sofrem alterações que acompanham o envelhecimento, os quais tendem a reduzir. Ocorre a diminuição da massa magra e modificações no padrão de gordura corporal. Em consequência disso, variáveis antropométricas sofrem algumas modificações com a idade. No caso de idosos, as medidas antropométricas mais utilizadas são: peso, estatura, perímetros e dobras cutâneas. Objetivo: Avaliar a obesidade em idosos utilizando como parâmetro dados antropométricos. Metodologia: Os dados referentes à obesidade foram coletados e analisados a partir das informações contidas em fichas de cadastramento e reunião dos pacientes idosos portadores de hipertensão e/ou diabetes que participam do programa HIPERDIA. O Índice de Massa Corpórea (IMC) foi calculado dividindo-se o peso (Kg) pela altura ao quadrado (m2), utilizando-se IMC 25 kg/m2 para a definição de sobrepeso e 30 kg/m2 para obesidade conforme critério da Organização Mundial de Saúde. Para os idosos seguiu o critério adotado pela Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE). Foram elaboradas planilhas que auxiliaram na análise dos dados no programa estatístico Epi Info 3.5.1. Resultados: A amostra foi composta por 243 idosos, com média de idade de 70,51 anos (DP = 7,96), sendo deste total 81 homens (33%) e 162 mulheres (67%), sendo 82% dos idosos hipertensos, 1% diabéticos e 17% hipertensos e diabéticos. A avaliação do IMC mostrou que 38 idosos (15%) apresentaram baixo peso, 100 (42%) apresentaram valores de peso normais, 32 (13%) apresentam sobrepeso e 73 (30%) são obesos. A avaliação da OC mostrou que para o gênero masculino 32 idosos (40%) apresentam valores dentro dos parâmetros considerados normais e 49 (60%) apresentam valores alterados, para o gênero feminino os valores obtidos foram 15 idosas (9%) apresentam valores dentro da normalidade e 147 (90%) acima do normal. Conclusão: Constatou-se que 30% dos idosos apresentam obesidade e que o aumento da circunferência abdominal é bem maior nas mulheres do que nos homens. Logo os resultados sugerem a relevância desses indicadores no quadro clínico do paciente, pois o excesso de gordura corporal é um dos principais fatores de risco associado às doenças crônicas como hipertensão e diabetes. Desta forma a avaliação de indicadores antropométricos tem se mostrado um método importante de fornecer informações relevantes das medidas físicas e de composição corporal, sendo um método não invasivo e de fácil e rápida execução.