Este estudo teve como objetivo compreender os saberes populares referentes ao uso de plantas medicinais no cuidado à saúde de mulheres idosas que participam de rodas de Terapia Comunitária Integrativa de
um serviço municipal de saúde, realizado durante os meses de junho e julho de 2015, tendo como participantes cinco mulheres, com idade entre 65 e 79 anos. Os dados foram apreendidos por meio da história oral e história de vida das mulheres ora mencionadas, subsidiada pela entrevista semiestruturada. Os resultados apontam que as mulheres idosas usam as plantas medicinais de diversas formas para o cuidado à saúde, seja para tratar um mal-estar, uma doença ou uma fratura óssea. Suas indicações e contraindicações
são transmitidas oralmente e passadas de geração a geração. Além disso, há uma simbologia envolvendo essa prática, sobretudo uma forte crença nos seus efeitos terapêuticos, em alguns casos, até maior do que
naqueles obtidos com tratamentos adotados pela ciência da medicina, contribuindo, assim, para o fortalecimento crescente das práticas advindas do saber popular.