Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares estão presentes em todos os níveis de atenção no SUS, mas é na Atenção Primária à Saúde (APS) que elas encontram espaço para expandir suas ações de cuidado. As Práticas Integrativas e Complementares propõem uma concepção ampliada de saúde, que inclui o autocuidado, o autoconhecimento, o relacionar-se consigo e com os outros. Ao passo que no cuidar do outro, o profissional de saúde expressa o cuidado que tem consigo, os modelos de atenção à saúde formatam também o cuidado de si e a sua qualidade de vida. Objetivo: Investigar a qualidade de vida do profissional que atua com Práticas Integrativas e Complementares na APS. Método:Trata-se de uma pesquisa de método misto, utilizando a abordagem convergente paralelo. A população foi composta por dezenove profissionais de saúde que atuam com Práticas Integrativas e Complementares em Saúde em unidades das Supervisões Técnicas de Saúde Vila Mariana/Jabaquara e M Boi Mirim, e no Ambulatório Médico Terapêutico da Associação Comunitária Monte Azul. Os dados foram coletados através do questionário de qualidade de vida, WHOQOL-100 da Organização Mundial da Saúde (OMS). Resultados: Predominou o sexo feminino, com idade média de 45 anos. A média da qualidade de vida dos profissionais foi de 74,68, sendo o domínio aspectos espirituais/religião/crenças pessoais o escore mais alto (89,47) seguido de nível de independência (89,07) e relações sociais (76,21), sendo os escores físico e ambiente (67,76 e 67,64), os mais baixos. Conclusão: O domínio ambiente apresenta aspectos externos relevantes e presentes em uma metrópole como São Paulo e que influenciam negativamente na qualidade de vida dos profissionais de saúde. Os escores obtidos nos domínios aspectos espirituais/religião/crenças pessoais, nível de independência e relações sociais se vinculam aos benefícios que o saber em Práticas Integrativas e Complementares promove aos profissionais de saúde, influenciando positivamente em sua qualidade de vida.