Cada vez mais a população tem escolhido as práticas alternativas como uma opção substituta dos medicamentos alopáticos, no tratamento de enfermidades. Dentre estas práticas, uma das mais populares, em virtude de seu fácil acesso e baixo custo é fitoterapia, isto é, o uso de plantas medicinais para fins curativos. No entanto, a crença de que esses produtos naturais não causarão malefício, ocasiona no uso indiscriminado, e sem orientação, por parte das pessoas, gerando preocupação entre os profissionais de saúde, especialmente farmacêuticos. Objetivou-se por meio deste trabalho analisar a necessidade de conhecimento da população sobre plantas medicinais e fitoterápicos, e vê a importância do profissional capacitado na promoção do seu uso racional.O estudo em pauta trata-se de uma revisão de literatura, realizada em agosto de 2017 através da busca de publicações nas bases SCIELO, LILACS, Google Acadêmico, BIREME e Portal Capes por meio dos descritores: fitoterapia, plantas medicinais e atenção farmacêutica. Foram selecionados artigos dos últimos dez anos, disponibilizados na íntegra e em português. Após à consulta às bases de dados foi localizado um total de 31 artigos. Conforme as informações obtidas das publicações, aproximadamente 82% da população brasileira faz uso de plantas medicinais, porém, esta prática tem ganhado mais espaço em virtude dos estudos científicos que vem comprovando a eficácia deste tipo de tratamento. Porém, mesmo sendo muito utilizada pela população, a fitoterapia só veio ser incorporada no SUS, tornando-se ainda mais acessível, através de políticas específicas no ano de 2006, com a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). Mas, embora a fitoterapia seja uma prática pautada em produtos naturais, destaca-se que esta não encontra-se isenta da necessidade de orientação, visto que existe o risco de toxicidade. Assim, é necessária a existência de profissionais farmacêuticos capacitados, para orientar os usuários dessa terapêutica corretamente. Portanto, é fundamental que os cursos de graduação insiram em suas grades curriculares disciplinas voltadas à temática das práticas integrativas, a fim de preparar os futuros profissionais e suprir esse déficit. A partir das informações expostas no decorrer deste trabalho, observou-se que, cada vez mais, as práticas integrativas tem ganhado mais espaço entre as pessoas em virtude de sua maior acessibilidade. No entanto, esse fato tem trazido algo negativo: o uso indiscriminado e sem orientação, aumentando os riscos de intoxicação, visto que, mesmo se tratando de produtos naturais, estes, podem causar intoxicações. Sendo assim, denota-se a necessidade, cada vez mais crescente, da capacitação profissional a fim de orientar a população acerca não só dos benefícios, mas também dos possíveis riscos advindos desta terapêutica.