Introdução: A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde norteia a oferta de recursos terapêuticos, os quais buscam estimular mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. O presente trabalho foi desenvolvido em virtude do acesso precário à serviços de PICs pela população, assim como à divulgação de experiências vivenciadas no projeto de implementação de PICs na atenção básica. Pretende-se relatar as estratégias para implementação de PICs em saúde pela Residência Integrada em Saúde em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) em Fortaleza/Ce. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência com abordagem qualitativa e longitudinal. As experiências iniciaram em abril de 2017 e são realizadas por profissionais de saúde, usuários da UAPS e articuladores do Comitê Verde do Ceará Pacífico, no território adscrito de uma UAPS em Fortaleza. Resultados e discussão: A partir do processo de territorialização dos profissionais residentes, observou-se a necessidade de fortalecimento da Farmácia Viva e desenvolvimento de mecanismos para consolidação do uso de plantas medicinais pela população e pelos profissionais de saúde. Para tanto, foram implementadas oficinas de fitoterápicos e manejos com plantas, além de estabelecida uma Educação Permanente para profissionais de saúde. Da mesma maneira, instituiu-se o serviço de Auriculoterapia como uma das abordagens terapêuticas em grupo de pacientes sintomáticos acometidos pela febre Chikungunya, além de Ventosaterapia, oficina para ensino de Shantala, aulas de Pilates associadas a danças circulares e Dança Sênior para promoção da saúde do idoso. Pretende-se também identificar moradores da comunidade que tenham conhecimento de plantas medicinais para serem referências no ensino na UAPS. Conclusão: As estratégias aplicadas apresentaram êxito e percebeu-se o comprometimento dos profissionais de saúde e de alguns moradores. Ressalta-se a dificuldade de maior participação social – um dos objetivos a serem ainda alcançados.