Introdução: A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS contempla sistema médicos complexos e recursos terapêuticos, denominados de medicina tradicional e complementar/alternativa. Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e sociedade1. Objetivos: Relatar as experiências das residentes em Saúde Família na implantação de práticas integrativas e complementares na Unidade de Saúde da Família (USF) do Itaberaba, no município de Juazeiro/BA, além demonstrar novas possibilidades de cuidado do usuário com visão da integralidade. Metodologia: Trata-se do relato de experiência acerca das consultas compartilhadas das duas residentes, farmacêutica e psicóloga, no qual ofertam semanalmente as práticas de Auriculoterapia, Reiki e Fitoterapia. Os atendimentos são realizados a pacientes que foram encaminhados pela equipe de saúde família, de acordo com as principais queixas (ansiedade, insônia, humor reprimido, cefaléia, lombalgia). Esse indivíduo é direcionado para sala de triagem, para ser efetuado anamnese e agendados para a consulta. Resultados e Discussão: Observou-se o desconhecimento de alguns profissionais da saúde e dos usuários dessas práticas. O acompanhamento dos pacientes atendidos permite observar mudanças comportamentais, físicas e emocionais, como uma maior tranqüilidade, diminuição da ansiedade, na insônia, de dores persistentes. Após a implantação destas práticas nota-se uma maior adesão daqueles e no relato de bem-estar pelas pessoas atendidas. Conclusões: As práticas integrativas e complementares é um modo de cuidado possível no SUS e que pode ser utilizado concomitante com o modelo biomédico.
Referências
1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 92 p.