Introdução: A publicação da Portaria do Ministério da Saúde nº 971 de 03 de maio de 2006 aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e possibilitou a inclusão de práticas terapêuticas oriundas de outros saberes ampliando as ofertas de cuidado em saúde. A inserção das PICs na Atenção Básica agregou abordagens que incluem a participação dos sujeitos para lidar com o processo de adoecimento compreendendo-o nas dimensões física, psicológica, social, cultural, visando o cuidado integral e humanizado. Dentre os recursos terapêuticos que compõem PNPIC a Auriculoterapia caracteriza-se por ser uma prática integrante da Medicina Tradicional Chinesa que utiliza o pavilhão auricular como um microssistema para tratar diferentes tipos de problemas. O termo microssistema é usado quando uma região do corpo representa todo o organismo. A oferta de Auriculoterapia como serviço complementar na unidade de referencia dos usuários favorece a integração com os profissionais de saúde e propicia a efetivação do cuidado no território conforme diretrizes do SUS. Objetivo: Relatar a experiência de implantação de um projeto de Auriculoterapia na USF Integrada Nova Esperança, no bairro de Mangabeira, João Pessoa-PB. As ações foram construídas numa parceria da Residência Multiprofissional de Saúde Mental-RESMEN-UFPB, Equipe NASF e Gestão das USFs. Método: Atendimento semanal aos usuários dos territórios de cobertura das unidades integradas e aos profissionais de saúde que trabalham nas USFs utilizando a Auriculoterapia como recurso terapêutico complementar. Tendo como ênfase a escuta acolhedora, construção do vínculo, participação do usuário no autocuidado, promoção, prevenção e recuperação da saúde da saúde física e mental. Os atendimentos eram realizados por um auriculoterapeuta e outo profissional visando o acolhimento multiprofissional. Conclusão: A proposta de Auriculoterapia na Atenção Básica mostrou-se uma importante ferramenta para construção do processo de cuidado de base territorial, pois aproxima os usuários dos profissionais de saúde, promove a integração dos saberes conforme preconiza as diretrizes dos SUS, possibilita elaboração de estratégias de intervenção que possam ser construídas com os demais profissionais das equipes de saúde da USF ou outro serviço
da Rede de Atenção a Saúde, dependendo da demanda singular de cada sujeito, tendo em vista que
as praticas integrativas devem ser complementares a outras formas de cuidado.