Introdução: A música como recurso terapêutico utilizada no contexto do cuidado vem se fazendo presente em diversos cenários da saúde configurando uma modalidade de intervenção que visa uma assistência integral e humanizada (ARAÚJO, PEREIRA, SAMPAIO, ARAÚJO, 2014). Foi inserida como prática terapêutica na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) pela Portaria n. 849/2017 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2017). Assim, o objetivo desse estudo foi identificar a produção científica publicada acerca da utilização da música como recurso terapêutico nos serviços de saúde brasileiros. Metodologia: Revisão integrativa com buscas nas fontes de informação Scielo e Lilacs, utilizando os descritores: música, musicoterapia, serviços de saúde, sistema único de saúde e terapias complementares. Os critérios de inclusão foram: estudos referentes a temática, brasileiros, disponíveis na íntegra, sem restrição de idioma e período de publicação. Os critérios de exclusão foram: revisões de literatura, teses e dissertações. Resultados e Discussão: Foram encontrados 314 artigos e selecionados 10 para compor a amostra, publicados entre 2004 e 2014 (FIGURA 1). Os estudos demonstraram que a música foi utilizada nos serviços de saúde públicos e privados, dentre eles, unidade básica de saúde, instituições hospitalares gerais e especializadas e ambulatórios. O público atendido foram: pacientes e usuários que aguardavam consulta, pacientes com problemas psiquiátricos, mulheres com fibromialgia e doenças musculoesqueléticas, pacientes adultos em hemodiálise, pacientes cirúrgicos, mulheres gestantes, parturientes e puérperas, cuidadores e profissionais de saúde. As intervenções musicais utilizadas foram audição musical, improvisação e re-criação (QUADRO 1). A música foi utilizada como instrumento para o acolhimento e humanização e com objetivo de promover integração e reinserção de indivíduos na sociedade. Alguns estudos apresentaram efeitos da música, como, a diminuição da dor, de níveis pressóricos, da ansiedade, promoção de bem-estar e relaxamento em situações de estresse. Contudo, os resultados atenderam aos objetivos dispostos na PNPIC, que visa desenvolver potenciais e restabelecer funções do indivíduo para alcançar integração intra e interpessoal e melhorar a qualidade de vida. Conclusão: A música pode ser empregada como uma prática de cuidado para pessoas em diferentes serviços e ambientes de saúde.