INTRODUÇÃO: As enxaquecas são cefaleias primárias de alta prevalência que acometem mais mulheres do que homens e podem se iniciar na infância ou adolescência, acompanhando o paciente por toda a sua vida. Com prevalência estimada em 12% da população, provocam impacto significativo na economia e no bem estar social de inúmeras pessoas em todo o mundo. O objetivo desse trabalho foi buscar na literatura a importância da fitoterapia como recurso no tratamento da enxaqueca. METODOLOGIA: Estudo descritivo e exploratório, do tipo revisão integrativa, com abordagem quantitativa. Foram encontrados 76 artigos, dos quais 5 foram utilizados nessa revisão. Os bancos de dados utilizados foram PubMed e Scielo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O uso de determinados fitoterápicos tem sido apontado como alternativas na prevenção e tratamento das crises de enxaqueca. O Tanacetum parthenium tem sido usado como um medicamento tradicional para prevenir a enxaqueca. O seu efeito se dá pela inibição da liberação plaquetária de serotonina, sendo mostrado eficácia na redução da frequência e intensidade dos ataques de enxaqueca em estudo controlado (MAIZELS et al., 2004; TAYLOR, 2009). Suas preparações consistem em partes aéreas e folhas de Tanacetum parthenium, que devem ser coletadas quando a planta está florida. Nas doses de 100 a 200mg/dia em cápsulas de folhas secas desta planta, este fitoterápico não tem apresentado efeitos colaterais, sendo indicado tanto para a profilaxia da enxaqueca quanto para os sintomas de náuseas e vômitos associados às crises (BLUMENTHAL, 2000). Tem sido avaliado a eficácia da utilização do extrato de Petasites hybridus na prevenção da enxaqueca, sugerindo sua utilização principalmente em crianças, em função da ausência de efeitos colaterais. Em estudo clínico randomizado, onde 60 pacientes receberam o extrato de Petasites hybridus ou o placebo na dose de 2 cápsulas de 25mg, duas vezes ao dia durante 12 semanas, houve redução de 60% de frequência das crises de enxaqueca, sendo significativa a diferença entre o fitoterápico e o placebo (GROSSMANN; SCHMIDRAMSL, 2000; OELKERS-AX et al., 2008). CONCLUSÃO: Embora seja grande o número de drogas empregadas no tratamento das enxaquecas, muitas vezes elas não são totalmente eficazes. Além disso, a possibilidade de efeitos colaterais dos medicamentos tradicionais pode ser evitada optando-se por tratamentos alternativos, como fitoterápicos, uma vez que a literatura comprova sua eficácia.