Introdução: A demência é caracterizada pelo déficit de memória associada a pelo menos outro déficit cognitivo com intensidade a ponto de interferir na vida social ou profissional do indivíduo. Sua prevalência é de 4,5 % (Folstein et al). Uma das formas comumente utilizadas para o diagnóstico de demência é o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), teste elaborado por Folstein et al. (1975), o qual permite a avaliação da função cognitiva e rastreamento de quadros demenciais. A avaliação do MEEM é feita de acordo com o nível de instrução do paciente e a pontuação abaixo do ponto de corte é positiva para o rastreio da demência (abaixo de 20 pontos para analfabetos; 25 para 1 a 4 anos de escolaridade; 26,5 para 5 a 8 anos; 28 para 9 a 11anos; 29 para mais de 11 anos). Pode-se destacar a doença de Alzheimer como sendo a causa mais frequente de demência, acometendo cerca de 50% dos casos de pacientes idosos; sendo caracterizada por um processo degenerativo que inicia-se no comprometimento da formação hipocampal, com posterior comprometimento de áreas corticais associativas e relativa a preservação dos córtices primários.Objetivo: O objetivo da pesquisa foi avaliar os pacientes idosos atendidos na USF Jardim Paulistano em relação a capacidade de memória, para rastreio da demência causada principalmente pela doença de Alzheimer. E a partir desse rastreio, é possível encaminhar precocemente para o neurologista para avaliação e possível tratamento.Metodologia: A pesquisa foi realizada por meio da aplicação do MEEM em 20 pacientes idosos, com idade a partir de 60 anos, residentes na área de abrangência da equipe 1 da UBSF do bairro Jardim Paulistano da cidade de Campina Grande – PB, que foram atendidos no período de março a abril de 2013. As entrevistas foram realizadas na própria USF ou por meio de visitas domiciliares, com consentimento esclarecido dos pacientes.Resultados: Dos 20 idosos participantes da pesquisa, 12 idosos atingiram a pontuação necessária para o rastreio e encaminhamento precoce para o especialista, representando assim, 60% dos entrevistados. Desses pacientes, 7 eram analfabetos, 1 possuía entre 0 - 4 anos de estudo e 4 possuíam entre 5 e 8 anos de estudo. Conclusão: Por meio da pesquisa, observou-se a alta prevalência no rastreio da demência pelo MEEM. A prevalência de demência dobra a cada 5,1 anos a partir dos 60 anos de idade, sendo importante o rastreio nos pacientes acima dessa idade, com encaminhamento para o especialista dos pacientes que atingirem o ponto de corte no MEEM, possibilitando assim o diagnóstico e tratamento precoce da principal causa de demência em idosos, a doença de Alzheimer.