INTRODUÇÃO:Os Cuidados Paliativos foram definidos pela Organização Mundial de Saúde em 2002 como uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida. Portanto, a partir do diagnostico de doença incurável ou diante de sua terminalidade é importante que o idoso possa contar com a equipe multidisciplinar em Cuidados Paliativos. Com o objetivo de afirmar o principio da dignidade da vida diante dos aspectos conflitantes da morte, os Cuidados Paliativos visam promover o alívio do sofrimento e das manifestações clínicas apresentadas pelo paciente e oferecer um melhor percurso no período restante, proporcionando conforto ao idoso, a família e aos cuidadores. OBJETIVO: Este trabalho tem por objetivo explorar a temática: Cuidados paliativos, percurso e terminalidade; e identificar desafios enfrentados perante a busca pela autonomia do idoso sob cuidados paliativos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistematizada de literatura. A busca foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando-se os termos “Idosos”, “Cuidados paliativos” e “Autonomia”, no período de janeiro a abril de 2013. Foram encontrados 264 artigos. Os critérios de inclusão foram os seguintes: artigos disponibilizados na integra, publicados entre os anos de 2007 e 2012 e que abordassem a temática do estudo. Assim, a amostra foi constituída por 10 publicações. RESULTADOS: Analisando os artigos coletados, verificou-se em sua totalidade que os Cuidados Paliativos tem o objetivo principal de agir sobre os sinais e sintomas debilitantes, ocasionando bem-estar ao idoso e aos seus familiares. Seis artigos evidenciaram que os Cuidados Paliativos podem ser promovidos no domicilio ou em uma unidade hospitalar, principalmente no âmbito da UTI, contanto que o paciente seja assistido de maneira holística, sendo fundamental a garantia de autonomia ao paciente, e dessa forma promovendo uma assistência humanizada. No que concerne a manutenção da autonomia ao paciente idoso, quatro autores evidenciam que o cuidado deve estar respaldados no respeito ao direito dos idosos, estimulando-os a demonstrar seus sentimentos e emoções diante da morte, receber respostas honestas e ser cuidado por pessoas sensíveis, humanas e competentes, mesmo que venha a desafiar a equipe de saúde em seu processo de trabalho. A atuação de uma equipe multiprofissional é indispensável na assistência a idosos, pois visam proporcionar conforto e qualidade de vida ao paciente, fazendo-se necessário a conscientização dos profissionais para a necessidade de que os cuidados sejam estendidos ao lar, ao qual possibilita uma amplitude de intervenções. CONCLUSÃO: É possível considerar que os Cuidados Paliativos oferecem aos idosos o alivio da dor e do sofrimento inerente as enfermidades que perpassam pela terminalidade, e neste contexto, compreende-se que para a efetividade do cuidado, os profissionais, bem como os cuidadores, devem favorecer a autonomia dos pacientes baseando-se nos princípios da bioética e na assistência humanizada.