INTRODUÇÃO: Vivemos uma época que se caracteriza por transformações profundas e radicais; dentre muitas mudanças, destacamos o aumento do tempo de vida da população como o fato mais significativo no âmbito da saúde pública mundial. A esperança de vida experimentou um incremento de cerca de 30 anos ao longo do século 20, numa profunda revolução da demografia e da saúde pública. Ao passo em que aumentamos os anos à vida, temos que ter também em mente como acrescentar vidas aos anos dos idosos, e o grande começo para isso é a inserção da terceira idade ao estudo universitário.OBJETIVO: O objetivo do trabalho é analisar novas formas de promoção da saúde física, mental e social das pessoas idosas a partir de uma ação interdisciplinar comprometida com a inserção deles como cidadãos ativos na sociedade, iniciando a partir de sua inclusão nas universidades.METODOLOGIA: Esta revisão sistemática teve amostra inicial de 80 artigos, selecionados nas línguas portuguesa através de mecanismos de busca nas bases de dados SciELO e PubMed por meio do descritor UNIVERSIDADE A TERCEIRA IDADE. Muitos artigos tratavam de estudos/pesquisas relacionados ao bem-estar e desenvolvimento senil na inclusão estudantil. A data de publicação não foi critério de exclusão.RESULTADOS: As propostas de Universidade da Terceira Idade (UTI) promovem a saúde e a qualidade em seu sentido mais amplo. Há elaboração de um programa baseada em três pilares: participação, autonomia e integração. São compostos por quatro eixos, possuindo cada um, ações de ensino, pesquisa e extensão. São eles: o primeiro, voltados para os idosos, o segundo, para estudantes de graduação, profissionais e público não- idoso, o terceiro, pesquisadores e estudantes de cursos de pós-graduação, priorizando a produção de conhecimento e pesquisas e o quarto eixo que prioriza a sensibilização da opinião pública e preocupa-se com a visibilidade do programa. Todo o trabalho se dá com a finalidade de oferecer serviços de qualidade. Houve preocupação explícita de não incluir no projeto ações com o intuito exclusivo de ocupar o tempo livre do idoso ou de tratá-lo como pessoa incapaz de aprender novas habilidades e adquirir novos conhecimentos. Procurou-se evitar o equívoco de estabelecer estruturas infantilizadas, que pudessem reforçar os estigmas e preconceitos da sociedade para com os idosos.CONCLUSÃO: A questão do idoso é extremamente relevante para a sociedade como um todo. Políticas dirigidas especificamente para este segmento etário devem ser desenhadas e implementadas, a partir de modelos inovadores de atenção, como os centros de convivência. Eles têm se revelado alternativas com elevado custo/benefício e resultados encorajadores. As universidades, em particular, podem oferecer dentro da concepção de micro- universidades temáticas, um modelo de centro de convivência ampliado: um campo de experimentação e assistência integralmente voltado para os desafios da terceira idade, porém os que são beneficiados representam ainda uma fração relativamente restrita dos seus usuários potenciais. Sendo assim, é essencial, que esta experiência se multiplique de modo a estender os benefícios destas práticas ao maior número possível de cidadãos da terceira idade.