A presente pesquisa, de caráter qualitativo-interpretativista, foi realizada no âmbito de uma disciplina de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal da Paraíba no primeiro semestre de 2017. Fazem parte da disciplina alunos regulares e especiais de mestrado e doutorado advindos de diferentes cidades e estados e com formação em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Optou-se por esse contexto uma vez que os temas discutidos na disciplina e a prática de escrita de diários dialogados oportunizam um espaço de discussão e reflexão acerca da prática e da formação docente. Para tanto, nos debruçamos sobre os diários de oito alunos de mestrado e doutorado (regulares e especiais) em que discorrem sobre o texto de Cavalcanti (2006) acerca de minorias. Desta forma, investigamos se e/ou como a inclusão de alunos com deficiência foi mencionada nos diários. Além disso, foi utilizado também um questionário semiestruturado para traçar o perfil dos colaboradores. Constatamos que, apesar de as minorias aparecem em sete dos oito diários, apenas três alunos apresentam o texto relacionando-o com experiências prévias e apenas um problematiza as vozes das pessoas com deficiência. Partindo desta realidade, o trabalho visa verificar porquê as vozes das pessoas com deficiência não são mencionadas e quais as implicações disso para a formação docente e para a inclusão de alunos com deficiência na educação básica e superior.