INTRODUÇÃO: É notório que o processo de envelhecimento da população brasileira tem se acentuado significativamente nas últimas décadas, em resposta especialmente à queda da fecundidade, da mortalidade e ao aumento da expectativa de vida. Ao longo dos anos, tornou-se necessária a criação de locais para permanência prolongada dos idosos fora do ambiente domiciliar da família, instituições essas que se tornam, muitas vezes, ambientes de isolamento para esses indivíduos, mesmo possuindo atividades de atenção ao idoso. OBJETIVO: investigar os fatores que interferem na qualidade de vida de idosos internos em instituições de longa permanência. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura realizada no mês de abril de 2013, na Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cuité. A coleta de dados foi realizada a partir da busca de publicações pertinentes ao tema e conforme os critérios de seleção: estudo publicado entre os anos 2008 a 2013, no Brasil, em língua portuguesa, na modalidade de artigo científico, disponibilizado nas bases de dados SciELO, BDENF ou LILACS. As publicações localizadas a partir do descritor ‘qualidade de vida de idosos em instituições de longa permanência' foram analisadas sistematicamente de modo a alcançar o objetivo proposto, onde foram selecionadas seis publicações. RESULTADOS: A qualidade de vida do idoso é um conceito abrangente que visa analisar, além da condição clínica de saúde, os aspectos perceptuais quanto ao seu bem-estar pessoal e autoestima, estilo de vida, capacidade funcional, autocuidado, interação social, estado emocional, valores culturais e religiosos e satisfação pessoal quanto às atividades diárias e o ambiente onde vive. Neste âmbito, a transferência do próprio lar para uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI) é sempre um grande desafio, pois este se depara com uma transformação muitas vezes radical do seu estilo de vida. Dentre as várias possíveis consequências do ingresso do idoso no ambiente institucional, encontram-se: a deterioração da qualidade do sono que pode ser atribuída, em grande parte, ao ambiente e às rotinas da instituição; alterações no estado nutricional, pois a má alimentação pode acentuar a susceptibilidade a doenças; exclusão social, na medida em que o idoso se vê afastado de relações sociais que fazem parte de sua história de vida. O estudo da qualidade de vida de idosos submetidos à institucionalização sinaliza para a necessidade de uma reflexão pertinente e de uma reorganização da atenção a este segmento populacional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os idosos internos em instituições de longa permanência necessitam ser foco de ações e planejamentos direcionados à manutenção do bem-estar, satisfação e qualidade de vida dos mesmos, que se relaciona diretamente à sua capacidade de superação de dificuldades e obstáculos. Diante do exposto, cabe ressaltar que deve-se garantir ao idoso institucionalizado a manutenção de suas relações familiares e comunitárias, já que os asilos ainda se configuram em um desafio quando pensados no contexto da promoção da saúde e qualidade de vida.