O polo aquático é uma modalidade esportiva caracterizada por esforços intermitentes de alta intensidade. Durante as partidas, os atletas realizam sprints de curta distância e alta intensidade separados por breves intervalos de esforços em baixa intensidade. Além de esforços na posição vertical de alta intensidade sustentados através da pernada alternada. A alta intensidade durante a partida exige uma alta participação da via metabólica não-mitocondrial, gerando acúmulo de lactato sanguíneo (7,7±1 Mmol∙L-1) e possivelmente elevando a produção dos íons hidrogênio, consequentemente induzindo a fadiga. Dessa maneira, torna-se necessário estratégias que possam atuar no retardo da fadiga em atletas de polo aquático, como a suplementação de β–alanina. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da suplementação de 6 semanas de β–alanina em testes específicos para o polo aquático. Participaram do estudo 15 atletas de polo aquático (16±2 anos) e foram submetidos aos testes de performance de 200-m em nado crawl, teste de habilidade de sprint repetidos (RSA) composto por 8 esforços de 15 m com intervalo de 30s, durante o intervalo foi realizado arremesso ao gol com a mensuração da velocidade da bola através de um radar portátil. Esforço máximo de 30-s atado em pernada alternada, o atleta foi atado a um fio inextensível ligado a célula de carga, os dados coletados foram posteriormente analisados no software MatLab®. Os participantes foram alocados de forma randomizada em dois grupos (β–alanina x Placebo) e ingeriram 6,4g∙dia-1 de β–alanina ou placebo durante 6 semanas. No teste de RSA, a suplementação de β-alanina mostrou um efeito possivelmente benéfico para a melhora do tempo médio (79,9%) e tempo total (79,9%), indicados pela análise da magnitude do efeito. Ainda, a análise da magnitude do efeito mostrou um efeito muito provavelmente benéfico para a suplementação de β-alanina em melhorar a velocidade média da bola no arremesso ao gol (96,4%) e um efeito provavelmente benéfico para o percentual de decréscimo da velocidade da bola no arremesso (92,5%). Além disso, o percentual de alteração na velocidade média do arremesso foi significativamente diferente entre os grupos (β-alanina=+2,5% e placebo=-3,5%) (p=0,034). No teste de 30-s em nado atado com pernada alternada, o grupo placebo apresentou um decréscimo na força pico, força média e índice de fadiga, enquanto que o grupo β-alanina apresentou apenas decaimento na força pico e manutenção da força média (44,1%-efeito possivelmente benéfico). No teste de performance de 200-m em nado crawl, a suplementação de β-alanina apresentou um efeito possivelmente benéfico (68,7%). Dessa maneira, tendo em vista os resultados obtidos no presente estudo, é possível assumir que a suplementação de 6 semanas de β-alanina foi efetiva para melhor a velocidade de arremesso no teste de RSA, a manutenção da performance no teste 30-s e possui um efeito possivelmente benéfico na performance de 200-m em nado crawl.