O presente estudo comparou os valores avaliados do consumo máximo de oxigênio (V̇O2max) por teste incremental escalonado padronizado (TIE) com a estimativa do V̇O2max ao final do desempenho em 200 metros (V̇O2picoEE) estimado por retro-extrapolação. Vinte nadadores: 16,7 anos (± 2,4), 173,5 cm (± 10,2) e 66,3 kg (± 10,6kg) realizaram duas etapas experimentais: (1) teste de desempenho máximo em 200 metros; e (2) teste incremental escalonado (TIE). O TIE (6 x 250m e 1 x 200 por estágio à 50-55-60-70-80-90-100% v200m, respectivamente). A permuta gasosa pulmonar foi analisada respiração-a-respiração (CPET K4b2, acoplada ao new-AquaTrainer®) durante e após os 200m e TIE. A retro-extrapolação consistiu em uma regressão linear sobre a curva V̇O2-tempo, projetando para y0 (= V̇O2picoEE). O teste-T independente comparou V̇O2max vs. V̇O2picoEE.após 200m; e coeficiente de dispersão (r2) analisou a correlação entre estes valores. O nível de significância foi estabelecido em ρ ≤ 0,05. Não foram observadas diferenças (ρ = 0,99) ao comparar o valor do V̇O2max (3674,8 ± 611,2 ml×min-1) com V̇O2picoEE após 200m (3421,8±573,9 ml×min-1). Houve correlação moderada (R2 = 0,76) entre V̇O2max e V̇O2picoEE em 200m. Assim, é possível estimar o V̇O2max pelo V̇O2picoEE em 200m, contudo há possibilidade da retro-extrapolação após 200m subestimar o VO2max, devido ao poder explicativo moderado.