Introdução: As práticas de cuidados com a saúde, a cura das doenças e as representações sociais das religiões pelas pessoas constituem no cotidiano delas um marco, pois a ciência possui a função de produzir referências para o conhecimento do processo saúde-doença deste grupo, ao mesmo tempo em que a religião proporciona o sentido do conforto recriando o significado da vida, da esperança e aceitação da morte. O enfermeiro deverá saber que diante de situações em que reconhecidamente, o curar não é possível, a assistência não está fora de possibilidade, pois a terapêutica curativa muda de foco e passa a ser uma atenção voltada aos cuidados paliativos ou assistência a morte e/ou morrer alicerçadas em saberes religiosos, as crenças e aos hábitos. Objetivos: O estudo teve como objetivos: identificar se há discussão de religiosidade nas práticas paliativas realizadas pelos enfermeiros com idosos e, se há como é esse lidar dos enfermeiros com a religiosidade do idoso no cotidiano da prática do paliar. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura de abordagem qualitativa utilizando-se como fontes os artigos das bases indexadas da Biblioteca Virtual de Saúde-BVS. Foram realizados cortes epistemológicos relacionados aos anos de publicação. Optamos por escolher artigos publicados nos anos de 2008 ao ano de 2012, como também foram utilizados critérios de inclusão: idioma português na abordagem da temática. Resultados: Entretanto verificamos que não é um assunto simples de ser investigado, pois no campo da fé ou da crença religiosa versus cuidados paliativos não existem muitas publicações. Não foram encontrados artigos que abordassem a complexidade do tema relacionado no período, bem como com a cientificidade necessária para a descrição e interpretação de assuntos relacionados à religião. Conclusão: É necessário que a enfermagem procure investir na construção desse saberes na formação dos seus profissionais para que possamos despertar o valor dessas atitudes religiosas nas práticas do cuidado, não negando a cultura e a realidade social em que vivemos. A ideia de finitude está muito associada à realidade dos idosos, mas é necessário compreender que não somente idosos, morrem. E como dar sentido a vida, se será inevitável morrer? Como minimizar nossas fragilidades, diante do sofrimento? Todos somos pessoas tomadas de valores e crenças e apresentamos várias implicações, nos nossos cenários de prática cotidiana e em que essas discussões na enfermagem, podem ser benéficas para o uso da ciência?