INTRODUÇÃO: Estudos mais recentes tem demonstrado que algumas profissões são mais desgastantes que outras e nesta categoria incluímos os motoristas de ônibus por serem eles bastantes vulneráveis a aborrecimentos e estresses constante que os deixam fragilizados tanto físico quanto mentalmente, especialmente, se idosos. A educação em saúde na enfermagem, pela sua magnitude, faz significante diferença quando proporciona aos idosos motoristas de ônibus uma importante vertente de educação e saúde no sentido de prevenir, manter e evitar as complicações dos aborrecimentos diários e adquirir melhoria das condições de vida e saúde podendo se estender até o convívio de seu lar. OBJETIVO: Relatar uma experiência de educação em saúde realizada com idosos motoristas de uma empresa de transporte coletivo. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo exploratório, desenvolvido numa empresa de ônibus de Fortaleza e realizado no mês de outubro de 2012 com 12 motoristas idosos acima de sessenta anos que continuavam exercendo a profissão. O instrumento de coleta foi uma entrevista semiestruturada e gravada com permissão dos investigados para sabermos suas necessidades de orientação. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética e obedeceu a resolução 196/96 do CNS. No dia agendado, os motoristas e os pesquisadores se dirigiram para o espaço disponibilizado na empresa, levando todo o material necessário para as atividades. A estratégia de educação em saúde abordou várias doenças com destaque para o estresse, HIV/AIDS, dentre outras. Foram discutidas as manifestações clínicas com visualização de figuras ilustrativas, estágios avançados das doenças e também aquelas assintomáticas, como hipertensão e diabetes. Por fim, foram abordadas as formas de prevenção contra DSTs e o uso correto do preservativo, mediante uso de um modelo de silicone em formato do órgão genital masculino. Foi verificado PA e glicemia e constamos seis idosos hipertensos e quatro hiperglicêmicos. Por fim foram distribuídos panfletos educativos e preservativos masculinos. RESULTADOS DISCUTIDOS: A ação educativa proporcionou um ambiente de troca de informações e interação entre os trabalhadores, que retiraram dúvidas em relação às doenças abordadas, manifestações clínicas, exames a serem realizados, condutas alimentares e atividades físicas. Alguns idosos aproveitaram a oportunidade para retirar dúvidas pessoais com os pesquisadores sobre problemas de saúde relacionados ao tema abordado, assim como sinais e sintomas manifestados nas parceiras. Relataram dificuldades em acessar o serviço de saúde e responsabilizaram o trabalho por não disponibilizar tempo para cuidar da saúde. Aqueles que referiram alguma queixa sugestiva de DST, hipertensão e diabetes foram encaminhados para atendimento médico na Unidade Básica de Saúde. CONCLUSÕES: Conclui-se que através da atividade realizada as pessoas foram motivadas a cuidarem mais de si e de seus familiares e que a ação despertou maior interesse dos participantes em melhorar sua qualidade de vida. A educação em saúde em ambientes de trabalho é uma forma de ampliar os conhecimentos e despertar nas pessoas a responsabilidade pela sua própria saúde. Sugere-se que essas ações aconteçam com maior frequência nesta população, abordando temas diferenciados, pertinentes à Saúde do Homem, e que busquem outras formas de levar mais informações aos usuários dos serviços de saúde.