O consumo máximo de oxigênio (VO2max), pode ser definido como a máxima capacidade do indivíduo em captar, transportar e utilizar oxigênio durante o exercício até a fadiga. Em grande maioria, esse índice é obtido por meio de testes incrementais máximos onde a intensidade aumenta em períodos pré-estabelecidos, até a exaustão voluntária. Apesar desta estratégia ser muito utilizada na ciência do esporte, uma série de preocupações foram levantadas sobre a natureza genérica, prescritiva do protocolo. Portanto, o objetivo foi comparar os valores de consumo de oxigênio obtidos em um teste incremental e em um teste supra máximo. Participaram deste estudo, quatro atletas de elite da cidade de Ribeirão Preto, 25,3 ± 8,8 anos, 172,5 ± 12,2 cm, 65,5 ± 13,8 kg, competidores de nível nacional e internacional. Os participantes realizaram um teste incremental na estrada com as próprias bicicletas, equipados com um dispositivo de treinamento outdoor (Powertap, Virtual training, Cycleops®), onde realizaram o teste incremental precedido por um aquecimento de 7 minutos na intensidade entre 200 e 210W. Os estágios do teste incremental tiveram a duração de 3 minutos até a exaustão voluntária. Os testes supra máximos foram realizados a 110% da potência máxima atingida no teste incremental. As variáveis ventilatórias foram monitoradas constantemente por meio de analisador de gases portátil (K4b2 – Cosmed®). Para análise estatística foi realizado o teste T de Student para comparar as variáveis de interesse. No teste incremental, o VO2max foi 75,1 ± 17,2 (ml/min/kg) ou 4,91 ± 1,36 L/min. No teste a 110%, foram alcançados valores de VO2, 76,8 ± 22,1 (ml/min/kg) ou 4,82 ± 0,69 L/min. Nas duas situações, não foram encontradas diferenças. O tempo do teste supra máxima foi 203,8 ± 50,8 segundos, a intensidade máxima atingida no teste incremental foi 393,9 ± 13,2 W enquanto que a intensidade do supra máximo foi de 436,5 ± 12,9 W. Assim, conclui-se que os valores de consumo de oxigênio obtidos em um TI e em um teste supra máximo não são diferentes em ciclistas de alto rendimento. Apoio FAPESP, processo: 13/15322-3.