Um dos campos mais abordados pela Psicologia do Esporte é a ansiedade e as suas relações com o rendimento. A ansiedade é compreendida como somática e cognitiva, sendo que a ansiedade somática (percepção das manifestações físicas da ativação) está mais ligada a modalidades que exigem mais a parte aeróbica, e a ansiedade cognitiva (pensamentos negativos e preocupações sobre performance) está mais ligada a modalidades que envolvem estratégias. Em relação ao momento que a ansiedade pode ser mensurada, pode-se observar 2 momentos: pré e pós competição. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar o nível de ansiedade pré-competitiva em atletas universitários de voleibol da Universidade Federal de Lavras –UFLA. Participaram da pesquisa dez atletas de voleibol do sexo feminino com média de idade de 19,8(±2,97) anos. As participantes estavam matriculadas em cursos de graduação da UFLA e cadastradas na Liga de Desporto Universitário. Todas as atletas foram informadas dos objetivos da investigação e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), sendo garantidos o anonimato e confidencialidade de todos os dados recolhidos. Foi utilizada a versão adaptada para língua portuguesa do Inventário do estado de Ansiedade Competitiva - CSAI-2, que descreve as condutas de ansiedade física, cognitiva e a autoconfiança em fases pré-competitivas. As atletas responderam o questionário 2h antes de viajarem para os Jogos Universitários Mineiros – JUM’s em Uberaba/MG. Foi realizada uma análise descritiva dos dados coletados. As médias dos escores das subescalas do CSAI-2 foram as seguintes: ansiedade cognitiva (m = 20; dp = 4,02), ansiedade somática (m =17; dp = 3,44) e autoconfiança (m = 20; dp = 5,72). De acordo com os resultados apresentados nesse estudo, a ansiedade cognitiva e autoconfiança se mostraram superiores a ansiedade somática, podendo assim concluir que as atletas estavam ansiosas com a performance que apresentariam na competição porém com uma crença positiva da atividade e rendimento.