Artigo Anais do X Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XVI Simpósio Paulista de Educação Física

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-2268

ANCORAGEM TRADICIONAL É MAIS EFICIENTE PARA O CONTROLE DA POSTURA DO QUE ANCORAGEM DINÂMICA

Palavra-chaves: SISTEMA ÂNCORA, CONTROLE POSTURAL, SISTEMA HÁPTICO Comunicação Oral (CO) AT02 - COMPORTAMENTO MOTOR; MODELAGEM E MÉTODOS DE ANÁLISE DO MOVIMENTO
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      Para investigar a interação indivíduo-ambiente e a função háptica, Mauerberg-deCastro\r\n
      desenvolveu uma ferramenta denominada “sistema âncora” que é composta por dois cabos flexíveis\r\n
      anexos a um par de cargas com magnitude de massas variadas (e.g., de 125 g até 1000 g). Os cabos\r\n
      são mantidos estendidos durante a tarefa postural e as cargas distais, repousando numa posição\r\n
      sobre uma superfície, não podem ser movimentadas. O sistema âncora mostra de maneira geral que\r\n
      a informação háptica ajuda na estabilização da postura. Porém, não sabemos se a simultânea tarefa\r\n
      de ancoragem com movimentação intencional de um dos cabos da âncora (i.e., ancoragem\r\n
      dinâmica) integra seus efeitos na tarefa de equilíbrio. O objetivo deste estudo foi investigar a\r\n
      influência de uma ancoragem dinâmica no controle da postura e se difere da ancoragem fixa. A\r\n
      amostra do estudo foi composta por seis indivíduos jovens saudáveis entre 18 e 30 anos que\r\n
      realizaram tarefas de controle postural. Os participantes, vendados, mantiveram-se em pé sobre uma\r\n
      plataforma de força com os pés em posição tandem (i.e., um pé na frente do outro) durante 30\r\n
      segundos. As tarefas de ancoragem (carga distal de 500 g de cada âncora) variaram entre ancoragem\r\n
      fixa (AFIX) e ancoragem dinâmica com a mão dominante (ADDO), e não dominante (ADND) além\r\n
      de duas condições sem âncora [uma no início da sequencia de tarefas (BPRE); e outra no final\r\n
      (BPOS)]. A condição AFIX consistiu em segurar, com ambas as mãos, as hastes flexíveis do\r\n
      sistema âncora sem deslocar a carga distal da superfície. As condições ADDO e ADND consistiram\r\n
      em segurar com uma ou outra mão a haste flexível do sistema âncora e realizar, no ritmo de um\r\n
      metrônomo (60 bpm), movimentações laterais do braço com o sistema âncora levantando e\r\n
      deslocando a massa (aprox. 10 cm) e reposicionando no chão em movimentos de vai-e-vem. A mão\r\n
      oposta manteve a âncora fixa. O deslocamento total do COP (centro de pressão), dtCOP, não\r\n
      mostrou diferenças entre as duas tentativas, assim utilizamos a sua média. A ANOVA one-way com\r\n
      medidas repetidas mostrou efeito para as condições de tarefa (F4,20=7,56; p=0,001; ηp2 =0,6;\r\n
      Power=0,98). A análise post-hoc de Bonferroni não mostrou diferenças entre a maioria das\r\n
      condições de tarefa. Entretanto, a comparação entre BPOS (dtCOP 151 cm, +29) e AFIX (dtCOP\r\n
      125 cm, +28) mostrou diferença estatística (p=0,02) e entre as condições AFIX (dtCOP 125 cm,+\r\n
      28) e ADND (dtCOP 137 cm,+ 26), (p=0,008). Embora o número de participantes ainda seja baixo,\r\n
      os resultados preliminares mostram que o sistema de ancoragem fixa é mais eficiente para controlar\r\n
      a postura do que a ancoragem dinâmica. A ancoragem dinâmica parece igualmente\r\n
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Publicado em 15 de junho de 2017

Resumo

Para investigar a interação indivíduo-ambiente e a função háptica, Mauerberg-deCastro desenvolveu uma ferramenta denominada “sistema âncora” que é composta por dois cabos flexíveis anexos a um par de cargas com magnitude de massas variadas (e.g., de 125 g até 1000 g). Os cabos são mantidos estendidos durante a tarefa postural e as cargas distais, repousando numa posição sobre uma superfície, não podem ser movimentadas. O sistema âncora mostra de maneira geral que a informação háptica ajuda na estabilização da postura. Porém, não sabemos se a simultânea tarefa de ancoragem com movimentação intencional de um dos cabos da âncora (i.e., ancoragem dinâmica) integra seus efeitos na tarefa de equilíbrio. O objetivo deste estudo foi investigar a influência de uma ancoragem dinâmica no controle da postura e se difere da ancoragem fixa. A amostra do estudo foi composta por seis indivíduos jovens saudáveis entre 18 e 30 anos que realizaram tarefas de controle postural. Os participantes, vendados, mantiveram-se em pé sobre uma plataforma de força com os pés em posição tandem (i.e., um pé na frente do outro) durante 30 segundos. As tarefas de ancoragem (carga distal de 500 g de cada âncora) variaram entre ancoragem fixa (AFIX) e ancoragem dinâmica com a mão dominante (ADDO), e não dominante (ADND) além de duas condições sem âncora [uma no início da sequencia de tarefas (BPRE); e outra no final (BPOS)]. A condição AFIX consistiu em segurar, com ambas as mãos, as hastes flexíveis do sistema âncora sem deslocar a carga distal da superfície. As condições ADDO e ADND consistiram em segurar com uma ou outra mão a haste flexível do sistema âncora e realizar, no ritmo de um metrônomo (60 bpm), movimentações laterais do braço com o sistema âncora levantando e deslocando a massa (aprox. 10 cm) e reposicionando no chão em movimentos de vai-e-vem. A mão oposta manteve a âncora fixa. O deslocamento total do COP (centro de pressão), dtCOP, não mostrou diferenças entre as duas tentativas, assim utilizamos a sua média. A ANOVA one-way com medidas repetidas mostrou efeito para as condições de tarefa (F4,20=7,56; p=0,001; ηp2 =0,6; Power=0,98). A análise post-hoc de Bonferroni não mostrou diferenças entre a maioria das condições de tarefa. Entretanto, a comparação entre BPOS (dtCOP 151 cm, +29) e AFIX (dtCOP 125 cm, +28) mostrou diferença estatística (p=0,02) e entre as condições AFIX (dtCOP 125 cm,+ 28) e ADND (dtCOP 137 cm,+ 26), (p=0,008). Embora o número de participantes ainda seja baixo, os resultados preliminares mostram que o sistema de ancoragem fixa é mais eficiente para controlar a postura do que a ancoragem dinâmica. A ancoragem dinâmica parece igualmente desestabilizadora ao sistema de controle postural tal como a condição sem âncora.

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