Políticas públicas de lazer relacionadas à prática de esportes radicais são uma novidade no Brasil. Recentemente a prefeitura municipal de São Paulo construiu um parque específico para essa prática, nele são encontradas pistas de street e vertical para modalidades com rodas, postes para slackline, pistas de caminhadas e bicicletas para a população em geral, área de parkour, parque infantil com arvorismo e brinquedos adaptados aos deficientes, e pump track (pistas específicas com curvas, subidas e descidas feitas em asfalto para as práticas de skate, bmx e patins). O objetivo dessa pesquisa exploratória foi conhecer o perfil dos praticantes de esportes radicais neste parque. Foram selecionados aleatoriamente 10 praticantes, com 18 anos ou mais, das modalidades, existentes no parque e foi aplicado um questionário para conhecer esse público e que assinaram o TCLE. Os resultados mostraram a predominância do gênero masculino, 9 homens e 1 mulher, mostrando que os esportes radicais permanecem preconceituosos. Em relação às condições sociais, 8 se declararam de cor branca, 2 parda e nenhum negro, o perfil econômico apontou 4 com ensino superior completo e 6 com ensino médio completo e 5 apontam sua declaração de renda entre 800 reais à 2000 reais e 5 com renda superior a esta, verifica-se um público com nível social econômico e cultural elevado na prática de esportes radicais, talvez pela necessidade de equipamentos com alto custo para a prática. Sobre a estrutura do parque 3 a consideram como boa, 7 como ótima ou excelente e 1 pessoa disse que a segurança do parque é ruim, contra 9 que informam ser boa, ótima, ou excelente. Todos afirmam que o parque atende às necessidades da modalidade, em geral o investimento na estrutura do parque é considerado bom pelos usuários, o que mostra um acerto da prefeitura que inaugurou o parque no ano de 2016 com uma qualidade reconhecida pelos usuários. Aos finais de semana o parque tem monitores para orientação de iniciantes e 7 pessoas consideram essa medida importante para melhorar a segurança. As práticas de radicais não foram conhecidas na escola por 9 dos respondentes e o mesmo número afirma que gostaria de ter aprendido na escola sobre as modalidades praticadas no parque. A pequena amostra dessa pesquisa sugere mais investigações sobre o tema para confirmar os resultados, todavia já é possível apontar esse tipo de iniciativa para a comunidade como positiva, pois parece atender o desejo pela prática de esportes radicais como oportunidade de lazer na cidade que a cada dia torna-se mais popular.