A vaginose bacteriana (VB) corresponde a uma infecção vaginal que apresenta como um dos seus agentes, a Gardnerella vaginalis e como principal sintoma, corrimento com odor forte e característico. Em mulheres grávidas, tem-se observado o aumento da VB e de complicações no parto, principalmente ocasionada pelo agente supracitado. Dessa forma, objetivou-se revisar a literatura científica acerca das alterações da VB causada pela G. vaginalis em mulheres grávidas. Para isso, realizou-se uma busca nas bases de dados: SCIELO, PUBMED, GOOGLE ACADÊMICO e MEDLINE. Os descritores de busca utilizados foram: “vaginose bacteriana”, “Gardnerella vaginalis” e “vaginose na gravidez”. Foram analisados os artigos nos idiomas espanhol e português, entre 2001 e 2017. A G. vaginalis produz ácido acético e altas quantidades de aminas aromáticas que associado ao pH elevado, são responsáveis pelo corrimento proveniente da esfoliação das células epiteliais que são chamadas de “clue-cells” ou células-guia, e do odor comumente definido como “peixe podre”. Várias mulheres grávidas são acometidas por efeitos adversos causados pelas infecções que acometem o trato reprodutivo, autores apontam a VB como a principal causa de algumas complicações na gravidez, tais como: prematuridade do feto, baixo peso ao nascer, ruptura prematura de membranas e infecção puerperal. Mas é necessário observar mais afundo se em determinados casos a causa do parto prematuro é de fato a infecção vaginal, pois, outros fatores também podem desencadeá-lo. Dessa forma, mostra-se de suma importância a realização do pré-natal em gestantes com o objetivo de evitar complicações durante a gestação, como também em mulheres não grávidas o exame anualmente do Papanicolau para a prevenção da doença. E em caso de VB, para que haja redução da sintomatologia, a partir do tratamento adequado.