Devido à necessidade de um profissional que entenda e intervenha no processo saúde/doença de modo que venha a compreender uma dimensão psicossocial e o tratamento terapêutico em grupos de indivíduos que se encontram no ambiente hospitalar expostos a diferentes doenças e condições de saúde impróprias, a psicologia da saúde com ênfase hospitalar tem ganhado espaço nas unidades de saúde. Ao tentar definir a psicologia hospitalar, Simonetti (2013) destaca como um campo de entendimento que busca tratar os aspectos psicológicos que cercam o adoecimento. O autor acrescenta ainda que o sujeito acometido pela doença se encontra com uma realidade patológica desenvolvida em seu corpo que pode resultar em uma série de conflitos psicológicos tanto no paciente, quanto na família e/ou a equipe de profissionais. Além de intervir na compreensão dos processos psicológicos e emocionais envolvidos no adoecer, o psicólogo da saúde também atua na prestação de cuidados com a saúde na atenção básica e de média complexidade, unidades de internação hospitalar (alta complexidade), serviços de saúde mental, unidades de dor, oncologia, consultas de supressão do tabagismo, serviços de reabilitação, entre outros. Assim como também nas unidades hospitalares, o mesmo pode atuar na prestação de assistência ambulatorial, nas unidades de emergência ou pronto-socorro, unidades de internação ou enfermarias e nas unidades e centros de terapia intensiva - UTI e CTI. Destarte, trata-se de um estudo de revisão sistemática descritiva, produzido através dos artigos científicos das bases eletrônicas de dados: LILACS e SCIELO com enfoque na psicologia hospitalar como descritor central e Unidades de Terapias Intensivas como descritor integrante.A seleção dos artigos ocorreu no período entre fevereiro e maio de 2017, havendo também o uso de livros e de sites avulsos como suporte para compreensão do trabalho desenvolvido pelo psicólogo em um ambiente hospitalar e em específico em uma Unidade de Terapia Intensiva.Durante a busca realizada nestas bases de dados, foi possível identificar cerca de 242 artigos, sendo 142 destes relacionado a Unidades de Terapia Intensiva e 100 que estavam vinculados á Psicologia Hospitalar. Através da análise destes artigos, pôde-se perceber que o paciente que se encontra internado na UTI necessita de extremos cuidados e que sejam eles dirigidos não apenas para os problemas fisiológicos, mas também para as questões psicossociais, ambientais e familiares que como visto anteriormente pode se tornar o agente causador da doença. Portanto, concluiu-se que o olhar humanizado do profissional de psicologia para ao sofrimento e subjetividade de pacientes que se encontram em fase terminal nos leitos de uma UTI é de extrema importância, pois permite que o indivíduo enxergue sua doença de maneira otimista e encare a morte como um processo natural.