Introdução: O envelhecimento populacional, considerado na atualidade como fenômeno de amplitude mundial, é um processo natural marcado por alterações fisiológicas. Devido à inversão da pirâmide etária e da maior perspectiva de vida, as DCNT têm sido consideradas como epidemia, constituindo sério problema de Saúde Pública global. O diabetes mellitus (DM) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são, portanto, doenças comuns ao envelhecimento, e o seu controle tem se tornado um desafio para o Sistema Público de Saúde. Pode-se dizer que o enfermeiro é um dos profissionais, mais questionado para a otimização da qualidade dos serviços e de cuidados em relação às doenças crônicas. O objetivo desse estudo foi discutir o papel do enfermeiro no cuidado com idosos hipertensos e diabéticos hospitalizados. Metodologia: O presente artigo se constitui num ensaio teórico que se distingue por sua natureza reflexiva e interpretativa. O objeto de análise do presente ensaio é o protagonismo do enfermeiro no cuidado ao idoso hospitalizado com doença crônica. O processo de análise dá-se a partir da manifestação do objeto como fenômeno, qual seja a atuação desse profissional junto ao idoso hospitalizado na condição de hipertensão e diabetes. Resultados e Discussão: Analisar as internações por doenças, como a HAS e o DM, além de nos fornecer um panorama do comportamento destas doenças permitindo seu monitoramento, é uma forma de acompanhar também a eficácia das ações na Atenção Primária à Saúde (APS), já que este é o nível de atenção responsável pelos cuidados primários, promovendo a saúde, detectando de forma precoce a doença, evitando suas complicações e a necessidade de internação. A hospitalização do idoso já se enquadra no perfil que o leva a fragilidade em saúde, nesse contexto, investigar a fragilidade junto ao processo de hospitalização da pessoa idosa referenda inciativa essencial no comando de ações especificas junto ao grupo que necessita de cuidados. No contexto hospitalar, percebe-se que a busca por um processo de cuidado baseado na condição da idade, ajudará sobremaneira na promoção de saúde. Dessa forma, torna-se necessário uma forte atuação do profissional de saúde, e em especial do enfermeiro, principalmente no que diz respeito ao processo de avaliação geral da pessoa idosa, porque as pessoas idosas em geral, necessitam de um olhar e atenção integral, porém, o cuidado na maioria das vezes ainda ocorre de modo fragmentado, com foco na doença. Conclusão: Os resultados do presente estudo revelaram que os cuidados do profissional de enfermagem com a pessoa idosa, devem levar em consideração as dimensões biológicas, psicológicas, sociais, econômicas e culturais do envelhecimento, e ainda, a importância da funcionalidade global, e consequentemente se importar com as complicações e/ou interferências que a Diabetes e a Hipertensão pode ocasionar no indivíduo. A contribuição do enfermeiro no contexto das doenças crônicas depende de uma formação, que favoreça uma avaliação clínica consistente, aprofundada e abrangente, depende também de sua capacidade em sugerir e avaliar intervenções inovadoras, visando prevenção ou estabilização das doenças crônicas.