Hortas Comunitárias são aquelas onde a população pode produzir, em conjunto, alimentos saudáveis, sem utilização de agrotóxicos, permitindo gerar atividades comerciais, sociais e educativas, pois representam justiça social, desenvolvimento econômico e proteção ambiental e podem contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável de qualquer cidade. Apesar todos os esforços realizados e dos resultados atingidos pelo país nestes últimos oito anos com a criação de milhões de vagas de emprego e com um dos menores índices de desemprego das últimas décadas, existe um contingente de trabalhadores que se encontram por um longo período de tempo desempregados sócio-economicamente, fragilizados e com enormes dificuldades de reinserção no mercado de trabalho. Sendo assim, a execução do projeto justifica-se pela sua abrangência e impacto social, considerando seu caráter de geração de trabalho e renda, educação alimentar e ambiental, e também como mecanismo de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, pois a horta comunitária é um local de estudo que proporciona a reunião de pessoas para trocar ideias ou experiências, contribuindo para o aprendizado de todos os envolvidos. Os objetivos do projeto são reforçar o convívio social, estimular a alimentação saudável através do aumento da oferta de alimentos de elevado poder nutritivo, melhorar as condições de vida de grupos sociais em situação de insegurança alimentar, aumentar a autoestima, ampliar os conhecimentos, estimular o consumo local e a formação de renda para os agricultores participantes do projeto e preservar o meio ambiente. O projeto incentiva as relações entre os agricultores, que são principalmente mulheres moradoras do condomínio Residencial São Francisco, que fica localizado vizinho à Horta Comunitária, que funciona desde abril de 2013 e sempre adotou o manejo orgânico, sem utilização de qualquer agroquímico. Várias são as culturas produzidas na horta como exemplo: coentro, alface, cebolinha, espinafre, rúcula, couve folha, agrião, salsa, tomate cereja, pimenta, pimentão, quiabo, cenoura, beterraba, feijão verde, entre outros, havendo algumas plantas isoladas de frutas (mamão, melancia, melão). Os produtos cultivados são para o consumo das famílias e o excedente comercializado para geração de renda. Inicialmente o excedente era comercializado pelos produtores na própria horta, porém em 2014 foi criada a Feirinha Orgânica, realizada todas as sextas-feiras, das 8h às 11h em frente à Reitoria no Campus Centro, em Petrolina (PE) e em frente ao bloco dos colegiados no Campus Juazeiro (BA). É visível que o projeto promove a integração entre a Universidade e os grupos potencialmente produtivos, consolidando o conceito e a imagem do associativismo, cooperativismo e economia solidária, difundindo a educação e a cultura empreendedora nas comunidades pobres, auxiliando assim o desenvolvimento local, geração de renda e promoção à saúde através de práticas alimentares saudáveis e de baixo custo.