Contextualização: Durante o parto normal, a maioria das mulheres sofre algum tipo de lesão perineal, que pode acarretar em sintomas urinários, comprometendo a qualidade de vida (QV) das mesmas. Objetivo: Avaliar a predominância de problemas genitourinários em parturientes advindas do parto natural. Métodos: Estudo transversal descritivo e analítico, composto por 100 puérperas que se encontravam nas enfermarias de pós-parto de uma unidade do SUS, Recife-PE, realizado no período de agosto a outubro de 2009, onde foram aplicados um questionário sócio-demográfico, escala analógica Visual (EVA) e o King`s Health Questionnaire (KHQ), quando necessário. A análise estatística foi descritiva e analítica, sendo utilizado o teste Qui-quadrado ou o teste exato de Fisher, todas as conclusões foram tomadas ao nível de significância de 5% Resultados: A prevalência de sintomas urinários foi de 30,9%, sendo maior para urgência (64,7%), dor na bexiga (64,7%), bexiga hiperativa (61,8%), enurese noturna (52,9%), incontinência urinária de esforço (50%), frequência (50%) e noctúria (50%). Os resultados apontam para uma prevalência de quadro álgico intenso em mulheres que realizaram episiotomia ou laceração perineal durante o parto e quadro álgico leve no pós-parto imediato. Conclusão: A prevalência de sintomas urinários foi alta e estes estão associados a fatores obstétricos, como episiotomia ou lacerações perineais.