O envelhecimento populacional é um fenômeno social em muitos países do mundo, incluindo o Brasil, e esse só será considerado uma conquista social quando agregar qualidade de vida às pessoas que envelhecem. Nessa perspectiva, os estudos voltados à avaliação incluindo o monitoramento da independência funcional e autonomia são parâmetros essenciais para conquista da longevidade. O presente estudo teve como objetivo principal analisar a contextualização da independência funcional do idoso na ótica da produção científica brasileira dentre os anos 2012-2015. Tratou-se de uma revisão integrativa bibliográfica seguindo as etapas: elaboração da pergunta norteadora; estabelecimento dos critérios de inclusão/exclusão; busca dos artigos pertinentes ao propósito deste estudo; avaliação desses artigos; e interpretação e exposição dos resultados. Para guiar a revisão integrativa, foi elaborada a seguinte questão: Como está sendo contextualizado o termo independência funcional em idosos dentre a produção brasileira? As bases de dados utilizadas foram: LILACS; MEDLINE; BDENF; e SciELO e para busca usou-se os descritores “independência” e “idosos”. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a fevereiro 2017. Ressaltando que esse estudo referenda parte das atividades de fundamentação teórica do projeto de pesquisa fomentado pelo Programa de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/UEPB), intitulado “Funcionalidade global de idosos residentes de um condomínio da maturidade”. O universo inicial para análise foi de 116 publicações brasileiras, nas quais após identificação dos artigos e a leitura dos resumos. O material empírico do estudo foi composto por oito artigos publicados em periódicos brasileiros. Destes, seis eram da área da enfermagem, um da educação física e outro da psicologia. Foram feitas três analise para inclusão dos estudos, 40 eram trabalhos completos relacionados a teses, monografias e dissertações, 60 tinham repetições em inglês e espanhol do mesmo conteúdo, oito eram provenientes de autores de outros países que não Brasil, ou não apresentaram textos completos. Em nenhum dos estudos apresentava no título o termo independência funcional. Porém, todo o corpus do material empírico, constituído da análise e leitura criteriosa, levou a afirmar que a independência funcional e o envelhecimento se interligam na proposta da avaliação contínua de saúde da pessoa idosa, visando à postergação da incapacidade gerada pelas doenças crônicas, o que potencializa o envelhecimento ativo. Verificou-se pela revisão bibliográfica que há uma necessidade de habilitação de profissionais da saúde em continuamente às suas ações assistencialistas, incluir a avaliação da capacidade funcional, principalmente quando relacionada à execução das atividades de vida diária como alimentar-se, vestir-se, utilizar o vaso sanitário, comunicar-se, interagir socialmente, tomar banho, caminhar e mobilizar-se. Conclui-se que a independência funcional, na produção brasileira, é contextualizada como um item essencial na saúde da pessoa idosa. As limitações estiveram relacionadas a escassez de estudos sobre o cruzamento dos termos independência funcional e idosos. Urge, pois, a necessidade de maior aprofundamento e ampliação de estudos na área de envelhecimento, independência e autonomia.