A Educação Física (EF) é uma disciplina rica para o desenvolvimento cognitivo e físico dos alunos por seus jogos, esportes, danças e lutas. Assim, muitas patologias de etiologia orgânica que acometem o adulto podem ser evitadas e/ou diminuídas com a adoção de hábitos de vida saudáveis na infância e adolescência, o que corrobora a aplicação da EF. Essa disciplina, com o passar do tempo, vem sendo alvo de muitas pesquisas dos mais variados temas, contudo uma subárea vem sendo esquecida: Educação Física escolar. Confirma-se tal fato a partir de precárias estruturas em alguns locais. A EF por si só, já é uma atração natural para os alunos de séries iniciais. Com o passar do tempo essa atração tende a diminuir de um modo geral, com alunos de ambos os sexos. Com a preocupação excessiva sobre a aprendizagem de habilidades esportivas, vê-se que há desinteresse e exclusão dos menos habilidosos, os quais compõem a maioria dos alunos. Assim, objetiva-se que o professor observe e busque modos para que o aluno tenha uma maior participação nas aulas e, por sua vez, melhores índices de saúde. Foi realizada uma revisão sistemática selecionando artigos que explicitassem a intervenção nas aulas de Educação Física do ensino médio como forma de evitar a evasão a essa disciplina. Foram utilizadas as bases de dados SciELO e LILACS para melhor escolha dos artigos. Foram analisados artigos de Educação Física escolar escolhidos por ordem de relevância. Analisando-se a EF analogamente à história do país percebe-se que essa disciplina esteve a serviço do alto rendimento, sendo caracterizada como alienante e elitista. Uma aprendizagem facilitadora pode ser realizada em ciclos os quais conhecidos como organização dos saberes escolares de acordo com tempo e espaço pedagógico. Sabe-se que os alunos do ensino médio, principalmente, merecem atenção especial, pois a desmotivação com a EF ocorre desde o ensino fundamental. Tal fato pode ser explicado pelo amadurecimento e ganho de criticidade, não atribuindo a devida importância à EF. Características inovadoras baseadas em novas aptidões cognitivas e sócio afetivas sem perder a cultura corporal, com atividades que estimulem esse hábito, bem como aproveitar o momento para estimular pensamento lógico e abstrato de modo que utilize a capacidade crítico-reflexivo desses alunos para aulas teóricas que envolvam a parte biológica e sócio-cultural. A alteração no cronograma e metodologia da EF capacita os alunos a monitorarem as próprias atividades no que diz respeito a traçar metas, conhecer as próprias limitações, objetivos e potencialidades, preocupando-se com a saúde corporal. Faz-se necessário, então, que o professor seja formador de um censo crítico no aluno, para que esse venha a entender os objetivos das aulas de modo que sejam apenas aperitivos. Dessa forma, o aluno levará esse estilo de vida ativo e saudável para além da sala de aula. Portanto, conclui-se que a partir da motivação do aluno para as aulas de EF de forma geral, o bem estar e a saúde podem ser melhorados e garantir menor prevalência de morbidades num futuro próximo.