Resumo: Existe evidência científica a respeito complicações sistêmicas ocorridas em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), uma delas é a redução da força da musculatura respiratória e do também da musculatura periférica que são acometidos de forma independente da gravidade dessa patologia. Contudo, ainda há poucos estudos que correlacionam essa redução com valores da força muscular periférica, com isso o objetivo da pesquisa foi correlacionar os valores da força muscular periférica através do pico de torque para extensão (PTE) e do pico de torque para flexão (PTF) com os valores da força da musculatura respiratória por meio da pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx). Trata-se de um estudo observacional, analítico e de delineamento transversal. A amostra composta por dez pacientes com DPOC (8H; 65±9,6 anos), realizaram a dinamometria isocinética para análise da força muscular periférica no músculo quadriceps e isquiotibiais do membro inferior dominante, e a manovacuometria para a força respiratória máxima. As análises foram realizadas por meio do software Statistical Package for Social Science (SPSS – versão 20.0). Observou-se correlação positiva, de forte magnitude e significativa entre o PTE e PImáx, PTE e PEmáx e PTF e PEmáx, além disso houve correlação positiva e de moderada magnitude entre o PTF e PImáx. Os dados sugerem que os valores encontrados no dinamômetro isocinético correlacionam com as variáveis PImáx e PEmáx no manovacuômetro, demonstrando o ganho ou a perda de força muscular em ambos os componentes periféricos e respiratórios, colaborando para que fisioterapia apresente condutas mais direcionadas não só para função pulmonar, como também para comprometimentos periféricos.