Resumo
O manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5 da Associação Psiquiátrica Americana (2014) caracteriza que os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo, ansiedade excessiva e perturbações comportamentais relacionados, fatores esses que se fazem cada vez mais presentes na vida universitária. Desse modo, este artigo tem o objetivo de avaliar os fatores de predisposição para o desencadeamento do transtorno de ansiedade em estudantes universitários. Para alcançar tal objetivo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica na literatura, na qual por meio dos descritores “ansiedade” e “universitários” buscou-se artigos e dissertações indexados nas bases de dados do Google Acadêmico, Scielo e Lilacs que abordassem o transtorno de ansiedade em estudantes universitários na área da saúde. Como resultados de busca obtiveram-se cento e setenta e seis trabalhos, os quais tiveram seus resumos lidos respeitando os critérios de inclusão, a saber: periódicos de fácil acesso para os pesquisadores, artigos publicados entre 2013 e 2017, idioma de publicação português; e como critérios de exclusão: não foram considerados os artigos anteriores a 2013 e trabalhos que abordavam populações diferentes de estudantes universitários na área da saúde, comorbidades, trabalhos com validação de instrumentos/escalas. Com base nesses critérios foram selecionados cinco artigos e duas dissertações com a finalidade de descrever os principais resultados acerca dessa temática. No que diz respeito à análise dos principais resultados, percebeu-se que todos os artigos e dissertações encontrados compreendem pesquisas de natureza quantitativa, com estudos empíricos. O instrumento mais utilizado nas publicações analisadas foi o Inventário de Ansiedade de Beck (Beck Anxiety Inventory - BAI). Outro aspecto observado nesse levantamento bibliográfico foram os resultados obtidos pela maioria dos estudantes que possuíam nível médio de ansiedade, seguido pelo nível alto. Dentre os aspectos avaliados os que evidenciaram resultados mais significativos foram que estudantes do gênero feminino apresentaram níveis mais elevados de ansiedade do que os estudantes do gênero masculino, independentemente do curso. A partir destas considerações sugerem-se o apoio das políticas públicas buscando propor programas de intervenção grupal para a melhoria na qualidade de vida e saúde, além disso, propor projetos sociais que possam promover saúde e apoio aos estudantes universitários.