Introdução: A terapia periodontal contemporânea tem como objetivo controlar ou eliminar os patógenos periodontais e regenerar os tecidos perdidos na doença periodontal. Para isso os periodontistas utilizam diversos tratamentos para regenerar os ligamentos periodontais perdidos, osso alveolar e cemento. Os resultados, entretanto, são variáveis e imprevisíveis. A quitosana é um biomaterial com características que permitem a regeneração tecidual periodontal, por meio da formação de uma barreira entre os tecidos periodontais e o epitélio. Esta barreira protege o coágulo de sangue subjacente do crescimento epitelial e do tecido conectivo. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica a fim de verificar as comprovações, avanços e otimizações do uso da quitosana na Regeneração Tecidual Guiada (RTG). Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, exploratório e de natureza qualitativa, apresentado sob a forma de revisão bibliográfica, através da busca de informações em artigos indexados nas bases Bireme e PubMed, utilizando os termos de busca para a pesquisa: Quitosana e regeneração periodontal/ Quitosana e lesão periodontal. Utilizando como critério de inclusão artigos originais publicados a partir do ano 2006 até 2017 que avaliassem a aplicação da quitosana e seus derivados na regeneração periodontal e como critério de exclusão teses, dissertações e artigos publicados no período anterior ao ano 2006. Resultados e discussão: A partir da pesquisa realizada, foram encontradas 48 publicações sobre o tema e foram analisados 29 artigos científicos na revisão da aplicação da quitosana em RTG. Vários estudos têm mostrado a quitosana usada isoladamente devido a sua ação antimicrobiana, anti-inflamatória e como regenerador tecidual. A mesma pode ser utilizado em várias formas de apresentação no ambiente periodontal, dependendo do objetivo e local do tratamento, como exemplo temos os hidrogéis, as partículas em tamanho micrométrico e nanométrico, os scaffolds e os filmes ou membranas. Para a regeneração tecidual além da ação individual da quitosana e sua ação antimicrobiana, outros fatores podem complementar o processo, acelerando-o. Podem ser liberados fármacos, proteínas, fatores de diferenciação e células indiferenciadas. A quitosana pode ser usada isoladamente ou em associação a outras substâncias formando blendas, carreando fármacos, proteínas, fatores e células, além de poder ser modificado para utilização em várias formas de apresentação, adaptando-se às necessidades clínicas do paciente de acordo com seu método de preparação e permitindo um tratamento periodontal mais cômodo, barato, rápido, eficaz e seguro ao paciente. Conclusão: A quitosana e seus derivados se apresentam como biomateriais promissores no tratamento das lesões periodontais que devem ser mais explorados na prática, com a finalidade de promover mais qualidade no tratamento, auxiliando ou resolvendo questões críticas e desafiadoras do tratamento de doenças periodontais.