O movimento de reforma sanitária introduziu discussões sobre o processo de saúde-doença, o papel do Estado e do mercado na prestação de serviços de saúde, com repercussões até os dias atuais. Construíram as bases para instituição do Sistema Único de Saúde (SUS), pela Constituição de 1988, estabelecendo a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado. O objetivo do estudo foi apresentar repercussões, contextos e marcos conceitual da efetivação da atenção básica como porta de entrada preferencial do SUS. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando-se a associação entre os descritores controlados em ciências da saúde: “Direito à Saúde,” “Sistema Único de Saúde” e “Atenção Básica de Saúde”. Foram encontradas 62 publicações, e a partir dos critérios de inclusão (trabalhos disponíveis na íntegra, em formato de artigo científico, de acesso gratuito, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol que abordem discussões sobre a efetivação da Atenção Básica como porta de entrada preferencial do SUS, no período de 2010 a 2016) e dos de exclusão (artigos repetidos em diferentes bases de dados), chegou-se a 17 artigos científicos, todos disponíveis na base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e National Library of Medicine (MEDLINE). Esta revisão pontuou uma série de estudos conclusivos sobre a atenção básica de saúde como principal porta de entrada do sistema de saúde brasileiro e colabora para o seu desenvolvimento, ponto essencial na organização do SUS. Acredita-se que esses achados possam ser de grande valia para a sociedade e profissionais de saúde, contribuindo para a compreensão do nível básico de saúde, além de um aparato contextual que visa o desenvolvimento de práticas que priorizem os seus princípios/diretrizes e satisfação do cliente nos múltiplos cenários de abrangência.