INTRODUÇÃO: Pessoas com Diabetes Mellitus (DM) necessitam do acompanhamento multiprofissional e do segmento de um regime terapêutico, para um melhor conviver com a doença, e minimização das complicações. Desta forma poderão ter uma vida normal e com Qualidade de Vida (QV), o que corrobora para um envelhecimento saudável e ativo. OBJETIVO: Avaliar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) de idosos com diabetes mellitus tipo 2 assistidos na Estratégia Saúde da Família. METODOLOGIA: Estudo exploratório, descritivo e transversal, realizado com 66 pessoas com diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 2, em duas Unidades de Saúde da Família da cidade de Picos-PI. A coleta de dados ocorreu no período de março a abril de 2012, através de dois formulários, um contendo variáveis sociodemográficas e outro para avaliação da QVRS, o Medical Outcomes Study 36 – Item Short Form Health Survey (SF-36), um instrumento com oito domínios, que proporciona a obtenção de escores com variações de 0 a 100, onde quanto mais próximo de 0 a pontuação alcançada estiver pior o estado geral de saúde, e quanto mais próxima de 100 o valor estiver, melhor o estado geral de saúde. RESULTADOS: No estudo prevaleceu o sexo feminino (66,7%), a faixa etária dos participantes ficou compreendida entre 60 e 82 anos, com média das idades em torno de 70,9 anos, 87,9% tinham entre 0 e 6 anos de estudo, 46,9% eram casados, e 72,7% dos diabéticos eram aposentados. Na mensuração da QVRS obtiveram-se os escores médios para cada uma das oito dimensões do SF-36, os valores médios obtidos variaram de 31,1 a 70,8. Os maiores escores médios padronizados foram verificados nos domínios referentes aos Aspectos Sociais (70,8), Saúde Mental (70,6), Vitalidade (60,8), Dor (59,9) e Estado Geral de Saúde (52,5); já os menores concentraram-se nos domínios Aspectos Físicos (31,1), Aspectos Emocionais (42,7) e Capacidade Funcional (44,7). CONCLUSÃO: No estudo o DM teve um impacto negativo na QV dos diabéticos avaliados, sobretudo nos Aspectos Físicos e Emocionais que envolvem a vida dessas pessoas. O que reforça a importância da avaliação da QV, para que haja um melhor direcionamento de estratégias e ações, por parte dos profissionais envolvidos na assistência, visando assim sanar às principais carências deste público, para que as pessoas com essa patologia venham a ter um aumento na qualidade e expectativa de vida.