INTRODUÇÃO: O crescimento da população idosa é um fenômeno inegável, porém a maior longevidade não é suficientemente satisfatória, pois essa população necessita também dispor de melhores condições de vida, o que na maioria das vezes não lhes foi ofertado durante a juventude, um exemplo disso é o acesso à educação. A escolaridade influencia diretamente na qualidade de vida, especialmente em se tratando de idosos. Essa falta de informação interfere no cuidado à saúde e é percebido à medida que se observam os resultados alcançados com as atividades de educação em saúde propostas para o referido público, onde os mais esclarecidos apresentam melhor adesão ao regime terapêutico, além de terem mais acesso a bens e serviços de saúde, justamente porque em sua maioria são de uma classe socioeconômica mais privilegiada. Mesmo no cenário atual de incentivo à educação em todo o país, encontramos muitas pessoas idosas que não tem um bom nível de escolaridade. OBJETIVO: analisar dados referentes à escolaridade de idosos disponíveis em fontes documentais, correlacionando-os com os determinantes de saúde nessa população. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa e fonte documental baseada em formulários semi estruturados preenchidos com informações de usuários idosos cadastrados na Unidade Básica de Saúde da Família Pedreira II, zona urbana do município de Campina Grande – PB, no ano de 2012. RESULTADOS: Foram analisados 60 formulários de pessoas com idades entre 60 e 94 anos. Desses, 75% eram de mulheres e 25% homens. Entre as mulheres, 55,5% possuem o ensino fundamental incompleto, 35,5% não foram alfabetizadas, 4,4% completaram o ensino fundamental, 2,2% possuem o ensino médio e um dos formulários não tinha informações a respeito dessa temática (2,2%). Entre os homens, 46,6% não foram alfabetizados e 53,3% possuem o ensino fundamental. CONCLUSÃO: O fato de baixa escolaridade ser algo tão comum em pessoas idosas deve-se em parte ao fato de que essa geração não desfrutou de incentivos para estudar, além de que a baixa condição socioeconômica contribuiu para que os mesmos abandonassem a escola para se dedicarem ao trabalho com o intuito de manterem seu próprio sustento e até mesmo sustentar a família. A baixa escolaridade é ainda mais prevalente entre os homens, o que mostra que estes sofreram muito mais com a pressão para entrar no mercado de trabalho. Após analisarmos estes dados é possível entender e adequar as atividades às necessidades dessa população