Os métodos relacionados à conservação de alimentos perecíveis estão, em sua maioria, associados à embalagens não biodegradáveis (BARBOSA et al,, 2000). O acúmulo deste material nos aterros sanitários, aliado à dificuldade de reciclagem das embalagens sintéticas, apresentam impactos ambientais estrondosos (GONTARD et al., 1996). Neste cenário, se faz necessário o desenvolvimento de materiais biodegradáveis aplicados ao revestimento de frutas com a finalidade de proteger e prolongar o tempo de pratileira destes alimentos. A produção de biofilmes, filmes flexíveis formados à partir de macromoléculas biológicas como proteínas ou polissacarídeos, tem sido uma resposta a este problema. Os biofilmes proteicos apresentam a vantagem de possuirem em sua estrutura até 20 monômeros (aminoácidos) diferentes, o que provê um alto potencial de ligações intermoleculares (GUILBERT et al., 1995). O objetivo deste trabalho é obter um biofilme de albumina da clara do ovo obtida pela secagem em camada de espuma (foam-mat drying). O pó obtido por este método teve sua atividade de água analisada a fim de constatar a quantidade de água livre disponível para desenvolvimento de microrganismos e reações bioquímicas secundárias indesejáveis (DIVAIR, 2006). A solubilização da proteína em água destilada seguiu o método descrito por MARIA et al, (2012) com algumas adaptações. O biofilme obtido apresentou as seguintes características: coloração amarelada e superfície lisa com pouca rugosidade.