Entendendo os problemas existentes na educação, e de forma mas específica, os que envolvem o ensino de Química, como o pouco tempo disponível para o componente curricular, a graduanda, no âmbito do Estágio Supervisionado em Química IV, esboçou, desenvolveu e avaliou um projeto pedagógico baseado em ampliar o tempo e os espaços para ensinar Química à uma turma de 3ª série do Ensino Médio em uma escola estadual de Vitória da Conquista - BA. Os objetivos da proposta metodológica foram vincular os estudos teóricos da sala de aula à experimentação extraclasse, aliada a conhecimentos cotidianos, e, analisar a realidade da escola frente a expansão temporal. A metodologia adotada levou em conta o reconhecimento dos perfis da instituição e da turma para a montagem da proposta. Assim, foi possível a escola, e, anseio da maioria do alunado, o trabalho experimental. Esse norteou-se pelas discussões acerca dos medicamentos, sua história, avanços, perigos e nomenclaturas próprias, chegando, assim, ao estudo dos fármacos e de forma específica do Ácido Acetil Salicílico (AAS), que foi sintetizado pelos alunos, levando-se em consideração que em sala estudavam as funções orgânicas. O envolvimento e interesse do grupo de estudantes que usufruíram do projeto, bem como seu desempenho nas aulas e avaliações curriculares foram satisfatórios. Mostrou-se que esse método tem potencial para qualificar o ensino de Química. Contudo, poucos alunos participaram das aulas extras, apontando que a ampliação do tempo do aluno na escola, que avança nas políticas nacionais da educação, carece de investimentos e organizações necessários.